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4 June 2012
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    IPTV Vs. Televisão Na Internet: Principais Diferenças

    Qual é a diferença entre IPTV, o paradigma de TV baseada no Protocolo de Internet apresentado pelos principais fornecedores de comunicação e grandes grupos de média (incluindo a Microsoft) e a Televisão na Internet (Internet Television) descrita pelo fenómeno Long Tail, Ourmedia, Internet Archive, Brightcove e as novas oportunidades tecnológicas, tais como, as rápidas ligações à Internet, espaço de armazenamento gratuito ilimitado, BitTorrent, MPEG4 e poderosas ferramentas de hardware e produção de software a baixo custo?

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    Crédito da Fotografia: Alessio Vairetti

    São duas forças opostas e divergentes ou são diferentes aspectos do mesmo fenómeno dos media, apresentado de outra forma?

    Se actualmente colocar estas questões, poucas pessoas conseguirão responder de forma clara e articulada. Até mesmo aqueles que estão a trabalhar no futuro da IPTV não dariam qualquer crédito à ideia de existir uma forma alternativa de nivelar os pontos fortes da Internet à distribuição comercial de conteúdos vídeo. A maior parte do tempo apenas vêm os seus próprios projectos.

    Então, quais são as principais diferenças entre estas duas aproximações radicalmente diferentes para distribuição de conteúdo de vídeo por IP e, quais são os assuntos relacionados que os tornam importantes para mim e para si?

     

    A diferença, para aqueles que a conseguem ver, parece ser entre um universo de produção independente altamente diversificado e dinâmico e outro, de iniciativa privada, dominado por redes de distribuição segura dedicada à distribuição de conteúdos vídeo mais tradicionais, amplamente fornecidos por Hollywood e por outros grandes conglomerados de meios de comunicação existentes.

    A IPTV é, representada por um sistema de TV fechado, com proprietários tais como os actualmente acontece nos serviços de televisão por cabo, mas que transmite por canais seguros baseados em IP, representando um grande aumento no controlo da distribuição de conteúdos.

    A Internet Television é, por outro lado uma estrutura envolvente, aberta, na qual um grande número de produtores de vídeos de curta e média dimensão, contribuem com conteúdos de nichos altamente inovadores, ao lado de ofertas de outros canais de venda e distribuição mais tradicionais.

    Apesar desta importante diferença, ser capaz de apreciar a verdadeira natureza destes dois modelos permanece uma tarefa desafiante para o leitor menos experiente a menos que ela comece a ser mais profunda à medida que se debruce nos detalhes que fazem a diferença.






    O que é a IPTV

    A IPTV não é Televisão transmitida através da Internet.

    "A IPTV é geralmente financiada e mantida por grandes fornecedores de telecomunicações que levaram ao limite a missão de criar um substituto competitivo aos serviços por cabo digital ou por satélite." (Jeremy Allaire)


    "Apesar do “IP” se referir a Internet Protocol, não significa que as pessoas irão ao seu sítio web preferido para aceder à programação da Televisão. O IP refere-se a um método de enviar informação sobre uma rede segura, rigorosamente gerida, que resulta numa experiência de entretenimento de grande qualidade."

    (Fonte: Businessweeek - "O verdadeiro significado de IPTV")

    A IPTV é particularmente boa para os negócios de produção de conteúdos media já estabelecidos, incluindo Hollywood e todas as principais redes de distribuição de televisão por satélite ou cabo. A IPTV permite que estas organizações tenham controlo total sobre o conteúdo distribuído, reduzindo bastante as oportunidades de roubo ou pirataria - que custou, no ano passado, à indústria de TV por cabo, $4,76 biliões em vendas não efectuadas.

    (Fonte: Businessweeek - "O verdadeiro significado de IPTV").

    A forma como a televisão IPTV está a ser concebida integra múltiplas formas de controlar e gravar as escolhas, preferências e as selecções dos utilizadores ao longo do tempo, surgindo assim como uma plataforma ideal para adicionar opções de comércio on-line personalizado e publicidade mais direccionada.

    • A IP-TV é uma plataforma conduzida e controlada pelo fornecedor. Há um operador físico que tem canais físicos e uma infra-estrutura que opera e controla. O consumidor interage directamente com esse operador.
    • Como tal, este é um sistema ponto-a-ponto ou rede semi-fechada (a infra-estrutura está completamente inserida no ambiente do operador e não pode ser acedida de forma normal à Internet como um todo. Adicionalmente, a infra-estrutura de distribuição e os dispositivos para lhe aceder são geridos e operados pelo fornecedor do IP-TV).
    • A IPTV é, definitivamente, upgrade da infra-estrutura de conectividade em massa, para ser utilizada durante alguns anos, e que implica grandes alterações e actualizações ao nível dos dispositivos de conectividade, transporte e entrega, tanto para o operador como para o consumidor.
    • A aproximação da IPTV é fundamentalmente uma aproximação geográfica. Isto deve-se principalmente ao facto da infra-estrutura de distribuição ser baseada em ligações fornecedor-consumidor (às suas casas). A experiência do utilizador está também ligada às suas salas de estar e às suas set-top boxes. As regras e políticas locais influenciam e limitam ainda mais o IP-TV a um modelo fortemente geográfico.
    • O IPTV irá oferecer essencialmente o mesmo produto e programação oferecida pelos servidores de cabo e satélite. Produtos on-demand ou produtos pay per view similares provavelmente com alguma integração extra com voz e preços diferentes.




    Tópicos da IPTV

    Irá ser fácil para as empresas de telecomunicações adquirir, licenciar e distribuir conteúdos vídeo comerciais?

    Podem as empresas de telecomunicações com pouca ou nenhuma experiência no licenciamento de conteúdos vídeo esperar ser parceiros influentes nesta indústria emergente?

    Por agora mantém-se uma questão em aberto:

    "Não será fácil. A indústria do entretenimento já está entrelaçada numa teia de contratos de licenciamento complicados e, muitas vezes, exclusivos. Conseguir o conteúdo certo será um desafio para as empresas de telecomunicações."

    Isto é o que disse Bob Greene, vice-presidente dos serviços avançados da Starz Entertainment Group LLC à sua audiência há alguns dias atrás, no 13º Simpósio Anual, A Nova Geração de Redes de Comunicação".

    "Os filmes são licenciados tipicamente numa base exclusiva por cerca de oito ou nove anos, após os quais o licenciamento é finalmente aberto aos direitos de transmissão gerais." Greene disse também que quebrar com estas relações exclusivas é a maior barreira para aqueles que querem começar a distribuir conteúdo vídeo por IP

    (Fonte: Lightreading IPTV vs. Me Too TV )

    Reed Hasting, fundador e CEO da Netflix, acrescenta que "a indústria alcançou um ponto crucial", e o que nos resta é a escolha entre um panorama de TV pela Internet aberta e com raízes altamente diversificadas vs. uma multiplicidade de redes privadas muito comerciais, seguras e controladas por redes privadas, moldadas pelo funcionamento tradicional de cabo e satélite geridos pelas principais companhias de telecomunicações mundiais.

    Infelizmente o que as empresas de telecomunicações estão a fazer,, é gastar somas avultadas de dinheiro para criar novas soluções baseadas em IP a partir de ofertas existentes por cabo e satélite, sem saberem o que o novo paradigma emergente da Vídeo-Internet para oferecer.

    Um excelente modelo de marketing para vídeos e conteúdos típicos de televisão, através de redes de comunicação por IP protegido e seguro, poderia ser criado através do bem-sucedido exemplo da NTT DoCoMo no Japão, onde, o gigante das telecomunicações, fica com uma percentagem das vendas totais e lucros de subscrições e em troca, fornece aos novos fornecedores de conteúdos, ferramentas e serviços para comercialização dos seus conteúdos na sua rede de distribuição.






    O que é a Internet Television?

    Então, qual é a alternativa Vídeo-Internet aberta que Jeremy Allaire da Brightcove tanto apregoa?

    • A Televisão pela Internet é bastante diferente em termos de modelo para os consumidores, editores e na própria estrutura utilizada.
    • Vídeo-Internet, como Jeremy Allaire a chama, ou numa aproximação da Televisão à Internet, o modelo é aberto a quaisquer direitos de propriedade, uma vez que é baseado no mesmo modelo de publicação que existe na Internet: qualquer pessoa pode criar um terminal e publicá-lo de forma global.
    • A Televisão na Internet é aberta a quaisquer direitos de propriedade independentemente de ser um indivíduo a criar um vídeo para uma pequena audiência ou um editor tradicional que fornece canais por cabo normal.
    • Na aproximação da Televisão à Internet o editor tem um canal de comunicação directo com o consumidor.
    • O editor de conteúdos pode chegar directamente ao consumidor através de múltiplos dispositivos independentes de qualquer distribuidor ou operador específico. A Televisão na Internet é de facto uma aproximação que tenta ser tão independente de dispositivos quanto possível. Graças às definições e aos formatos abertos que ajudaram a criar esta oportunidade, a Televisão na Internet quer ser como a Internet é actualmente. Acessível a partir de qualquer tipo de computador e ligação em todo o mundo e... não limitada fisicamente à sala de estar ou à set-top box

    • A Televisão na Internet será profundamente integrada actual experiência do utilizador na Internet e nos mecanismos que os utilizadores usam para aceder a serviços, descobrir recursos e partilhar experiências no mundo da Internet. Num futuro próximo irá juntar-se com o mundo de serviços semelhantes de vídeo e televisão.
    • A Televisão na Internet é uma evolução, não uma sobreposição. A Televisão na Internet consegue funcionar nas infra-estruturas habituais, incluindo a banda larga, ADSL, Wi-Fi, cabo ou satélite, não sendo necessários novos investimentos em infra-estruturas para funcionar e fornecer conteúdos aos utilizadores.
    • A Televisão na Internet utiliza um modelo de negócio de alcance global, onde os serviços de vídeo e televisão que são oferecidos num local geográfico podem ser acedidos de qualquer outro local geográfico global (desde que os direitos de distribuição de conteúdo estejam atribuídos).
    • A Televisão na Internet promete acesso a muitos e novos produtos e um maior alcance da programação do que os que estamos acostumados actualmente, no mundo dos negócios de venda de vídeo e um maior controlo em relação a quando, onde e como os utilizadores podem aceder a essa programação de vídeo/TV"


    "Uma plataforma aberta dá aos fornecedores de conteúdos controlo sobre a marca e sobre a relação com os consumidores," diz Jeremy Allaire da BrightCove.

    Isto, considera ele, irá criar uma explosão de nichos de conteúdos a que as pessoas podem aceder directamente sobre sistemas abertos, baseados no IP. "Quase todos os pequenos nichos podem ser economicamente suportáveis."

    E também:

    "Para além de ver a Televisão na Internet como uma plataforma ideal para comércio e distribuição, é interessante pensar sobre como a Internet facilita um ambiente distribuído e colaborativo para a produção multimédia.

    Não me irá surpreender ver novos “colectivos multimédia” modelados segundo projectos de código fonte aberto que se juntam para levar em frente um ponto de vista particular – seja ele para programas de entretenimento ou de informação.

    É esta a peça que falta para criar uma plataforma para a multimédia dos cidadãos?"




    Mas a questão é: Qual é que VOCÊ quereria e porquê?


     

    Originalmente escrito por e publicado pela primeira vez na MasterNewMedia.

     

    Robin Good -
     
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