A forma de criação de startups está a mudar - se ainda pensa "ai meu Deus, como é que vou ter o dinheiro e capital necessários para levar em frente este projecto Web que tenho em mente", poderá estar a ficar desfasado da realidade.
Crédito da imagem: Bluestock
Como venho a repetir há muito tempo, você não precisa de muito dinheiro para testar novas ideias que possam ser depois convertidas em propostas para apresentar a potenciais financiadores da sua startup.
E à medida que o tempo passa, cada vez mais isto é verdade.
As novas tecnologias tornam cada vez mais fácil criar, modelar e experimentar novas criações - a único recurso que precisa de despender é o seu tempo pessoal. O potencial inovador das tecnologias Web 2.0 está a levar o poder de iniciativa às mãos de praticamente qualquer pessoa que queira acreditar que é capaz.
Chris Shipley, a mulher por trás do evento-conferência que leva muitas destas iniciativas ao público, acabou de publicar um artigo, curto mas introspectivo, que é uma reflexão inteligente sobre o novo modelo económico de uma startup.
Graças à sua permissão e abertura em relação à partilha, aqui está o seu artigo sobre a nova era da criação de startups, tal como ela o publicou no seu próprio sítio Web e newsletter.
Intro por Robin Good
por Chris Shipley
Algo curioso está a acontecer durante a preparação para a DEMOfall 2007, o evento planeado para 25 a 27 de Setembro no hotel Sheraton Harbor Island em San Diego.
Embora muito do mercado tecnológico tenha centrado a sua firme atenção para as widgets, mashups e a inovação geral na Web social da Web 2.0 , muitos engenheiros geniais estão a trabalhar em algumas inovações próprias em várias infra-estruturas empresariais.
Muito já se disse em relação à inovação da Web 2.0 no ecossistema de jovens empresas.
A economias das startups alterou-se radicalmente.
Open source e APIs abertas significam que pouco capital e muito engenho podem levar uma startup muito longe. Quando a economia se altera desta forma, todo o ecossistema de jovens empresas de software se altera.
Orçamentos de marketing são praticamente nulos, tendo originado o marketing de guerrilha e RP de blogue. Grandes empresas de TI apressam-se em ajustar-se e são mais ágeis frente a rápidas mudanças.
O mercado de empreendimentos também é alvo de inovações.
As startups precisam de pouco ou nenhum capital, e isso desafia o modelo prevalente de economias de capital. ECs recolhem grandes fundos para investir em grandes volumes, num conjunto acessível de empresas. Isso funciona quando são necessários $20 milhões ou mais para levar uma empresa a uns potenciais $500 milhões ou mais. Não funciona muito bem quando $100000 aqui ou acolá poderão obter um retorno inferior a $100 milhões.
Com tanta inovação no ecossistema de desenvolvimento de software, não surpreende que o mercado não preste a devida atenção à infra-estrutura das empresas. Mas devia.
Crédito da imagem: Stephen Van Horn
Na semana passada, falei sobre duas empresas que irão trazer ao mercado produtos que irão alterar a economia das comunicações empresariais e armazenamento por orcem de magnitude. É uma afirmação bastante ousada (desculpe mas terá que esperar pelo DEMOFall para os detalhes), mas estas empresas são totalmente credíveis e estão em testes de mercado com vários clientes.
O que é emocionante sobre esta alteração são as poupanças com os custos, claro. Reduzir as despesas de capital e operações em centenas de milhar de dólares enquanto se mantém e por vezes se melhora o desempenho e fiabilidade tem um grande impacto. Mas estas novas capacidades têm outro efeito interessante: tornam aplicações exigentes de banda larga e dados exequíveis a todos os níveis de uma empresa.
Imagine que qualquer pessoa na sua empresa pudesse aceder a funcionalidades de videoconferência de alta qualidade, por exemplo. Como poderia isso alterar a forma que equipas de trabalho colaboram numa empresa global?
É fácil ser distraído pela celeuma em redor da Web 2.0 e perder algumas inovações substanciais noutras partes do mercado – inovações que terão um impacto profundo na forma como as pessoas trabalham em conjunto.
Felizmente, a DEMO tem atenção a essas inovações e iremos apresentá-las – e todas as coisas da Web 2.0 também – para a DEMOfall em Setembro.
Originalmente escrito por Chris Shipley e publicado inicialmente em DEMO como "Enterprise infrastructure ready for Web 2.0 disruption" a 10 de Julho de 2007