O evento anual de Ross Dawson da Conferência Da Mídia do Futuro está se aproximando (em dois lugares: no Vale do Silício e em Sidney, Austrália), e como no passado, está sendo anteciapdo com o lançamento de pequenos artigos e um relatório-chave como que definem o estágio e a visão do nosso futuro com mídia altamente conectada.
O primeiro artigo a ser lançado entre eles é o diagrama “O Futuro do Ciclo de Vida da Mídia”. Está uma síntese fascinante de para onde a mídia e nossa participação nela está caminhando, bem como será o diagrama central do novo Relatório do Futuro das Mídias 2008. (Veja também o diagrama do Futuro da Mídia Estratégica de 2006 e Principais Elementos dos Modelos de Negócios de Mídia de 2007).
Na próxima semana, após a Conferência, I também publicarei aqui no Master New Media o relatório completo do Futuro de Mídia 2008.
Aqui estão os detalhes:
por Ross Dawson
As principais idéias neste diagrama foram desenvolvidas quando estava desenvolvendo um workshop de estratégia para a equipe executiva de uma empresa de mídia que tinha um grande portfólio de emissoras de rádio e TV próprias. Eu queria fazer com que os executivos pensassem além do paradigma do broadcasting, e fizemos uma sessão na qual olhamos em como as pessoas consumiriam a mídia no futuro – onde elas estariam, como elas interagiriam com a mídias, e o que elas consumiriam.
Em essência, criamos uma visão centrada no indivíduo de como nós nos envolvemos com a mídia.
Embora o título original deste diagrama fosse ‘Futuro da Mídia de Participação’, procurando não apenas o nosso consumo de mídia, mas também a forma como contribuímos.
Quando o diagrama ficou completo estava claro que o aspecto central foi ciclo de vida da mídia. Embora o diagrama tenha recebido outro nome, ele ainda foca em relatar como e onde nós consumimos e participamos na mídia.
A Mídia sempre teve um ciclo de vida, mas sua natureza está mudando drasticamente. O ciclo de vida da mídia emergente é dirigido por como nós consumimos e criamos mídia, alimentando um fluxo contínuo de conteúdo e engajamento.
Mar de Conteúdo
O vasto e de crescimento contínuo mar de conteúdo compromete não apenas a mídia em muitas formas, incluindo vídeo, áudio, música, notícias e comentário, mas também conversações.
Difusão dos Memes
Memes (unidades de cultura que se propagam) se difundem pelo ciclo de vida da mídia. Alguns são bem sucedidos em alcançar significantes ou até mesmo grandes audiências. A maioria não é. O sucesso de um Meme é determinado por como as pessoas o recebem e reagem a ele. Nós podemos considerar toda a nossa experiência em mídia como a seleção de memes de um conjunto infinito do mar de conteúdo.
Nuvem Pessoal
O desenvolvimento mais importante no ciclo de vida da mídia é a emergência da ‘nuvem pessoal’. Aqui é onde os indivíduos mantêm o seu conteúdo armazenado. Isso inclui tanto as mídias compradas quanto as de conteúdo baixado da internet, tudo que eles criam entre eles, e todas as opiniões, classificações e recomendações. A nuvem pessoal é acessível de qualquer parte pelo seu proprietário, e qualquer parte sua pode ser compartilhada com amigos ou tornada pública para livre acesso mundial.
Streaming da Vida
A maior parte das pessoas captura partes – ou em outros casos quase tudo – de suas vidas inteiras na forma de palavras, fotos, vídeos e mais. Isso irá alimentar a nuvem pessoal para ser acessada e compartilhada à escolha de seu dono.
Nuvens Pessoais Fluem para o Lar
Nossas nuvens pessoais serão cada vez mais usadas para armazenar nossa música, vídeo, e outras coleções de mídia, tornado-as disponíveis onde e quando quisermos – nós vamos avançar no tempo e espaço do acesso à mídia que escolhermos. Não só isso, mas também nossas nuvens pessoais não proverão recomendações únicas e relevantes, baseado nos nossos hábitos e preferências de mídia.
Precipitação da Participação
Das nossas nuvens pessoais nossa participação retorna ao mar de conteúdo, na forma de nosso próprio conteúdo, remixagens de conteúdos existentes, e opiniões.
Uma das primeiras vias para o engajamento de mídia é o nosso lar, a nossa casa. Uma das mais importantes tendências pelo passar dos anos é a divergência nos padrões de consumo de mídia entre os diferentes membros da família.
A casa do futuro será amplamente projetada baseada em torno da mídia.
Media Center
A participação na mídia dentro de casa evoluirá para um hub que concentre TV, PC, Video Game, Música e muito mais.
Informação específica de como isso acontecerá, os ganhadores e perdedores nessa trajetória são muito incertos, no entanto a convergência é inevitável.
Interfaces
Nossa experiência com a mídia em casa será transformada para novas interfaces, incluindo reconhecimento de voz e gestos, e telas em todos os cômodos usadas para a combinação de vídeo, Internet, e porta-retratos digitais, em paredes, tampos de mesa e até mesmo no chão. Estes serão eventualmente substituídos por papéis de parede em vídeo em praticamente qualquer superfície.
Mídia em casa
Uma das principais características da mídia em casa é que atenção simultânea é dada a múltiplas mídias.
Interfaces mais ricas incluindo TV com 3D, telas 360 graus e jogos imersivos com equipamentos como luvas. O Media Center será conectado a sistemas de iluminação inteligentes por toda casa. Compras online se tornarão experiências muito mais interativas e atraentes.
Redes Domésticas
Convergência de mídia doméstica requer uma estrutura de conectividade e integração. As atuais plataformas propostas para isso incluem Ethernet, internet pelo cabo de energia elétrica, wireless incluindo WiFi, e cabo coaxial. Uma variedade de padrões para integração entre os aparelhos permitirá uma experiência perfeita de mídia em casa.
Nós passamos a maior parte nossas vidas fora de casa: no trabalho, no trânsito, no aeroporto, comendo, saindo com amigos, na rua, etc. Agora essa parte das nossas vidas está se tornando tão rica em mídia quanto nossa vida dentro de casa.
Ross Dawson -
Handheld
Os aparelhos estão pequenos o suficiente para caber em nossas mãos e colocar em nossos bolsos evoluirão de simples celulares ou organizadores eletrônicos, para incluir câmera, email, vídeo e muito mais. Agora eles estão convergindo para verdadeiros media centers móveis e portáteis. Os ganhadores nessa convergência estão longe de serem os atuais provedores.
Portabilidade
Além de aparelhos handheld, nós freqüentemente carregamos dispositivos de mídia portáteis. Jornais e revistas são uma forma tradicional de mídia portátil.
Laptops – e aparelhos cada vez mais portáteis – já estão se tornando media centers móveis.
Com o tempo, a mídia impressa irá evoluir para leitores de ebooks e outros aparelhos de e-paper (papéis eletrônicos).
Interfaces
O maior problema no consumo de mídia em dispositivos móveis é o tamanho dos aparelhos que temos que carregar. Vidros com vídeo e projetores de imagens móveis criarão experiências de tela grande aonde quer que iremos. Teclados sem fio, teclados projetados sobre a mesa e reconhecimento de voz nos ajudará a prover mecanismos de entrada nos dispositivos enquanto estamos em trânsito.
Mídia baseada na localização
Progressivamente a mídia será baseada na localização. Particularmente quando estamos viajando, alertas locais de tráfego, clima e mudança nos horários de partida de aviões ou de trens são de importância crítica. Mapas, rotas, direções e alertas locais de notícias ou atividades na região serão automaticamente fornecidos. Aqueles que optarem poderão receber ofertas relevantes de anunciantes locais.
Mídia Externa
Mídia será em breve inescapável em qualquer lugar que se vá. Podemos esperar por vídeo presente por toda parte permitida, incluindo em outdoors, calçadas, mesas de cafés, ônibus, etc.
Outdoors nos apresentarão anúncios personalizados baseados em nossa idade, sexo e status aparentes. Anúncios terão variação dependendo da hora do dia e da localização.
Progressivamente os anúncios se vincularão com o conteúdo de mídia móvel, por exemplo, usando códigos de barra 2D e outros conteúdo. A mídia externa transcenderá a publicidade, progressivamente oferecendo conteúdo de qualidade que chamem a atenção de espectadores.
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