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4 June 2012
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    Ser O Seu Próprio Patrão É A Fórmula Para O Sucesso

    Uma das coisas que mais me perguntam quando conheço novas pessoas on-line é se Robin Good é o meu nome verdadeiro e porque escolhi adoptar um nome tão estranho.



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    As razões que me levaram a fazer esta escolha são as mesmas que conduzem a minha decisão diária de ser um repórter on-line independente, que escreve sobre novas tecnologias multimédia e sobre as oportunidades que estas ferramentas dão a indivíduos como vocês, para construir uma realidade auto-suficiente e recompensadora, fora dos esquemas tradicionais que o "sistema" nos vende oficialmente.

    Sou um entusiasta da tecnologia, mas não sou um geek. Adoro a tecnologia porque me permite ir aonde quero ir, mais rápido e mais eficazmente.

    A tecnologia e os novos média são, para mim, os meios estratégicos através dos quais o ser humano se pode elevar do triste panorama em que se colocou, e usar uma nova rede planetária cooperativa onde a conectividade total, informação e transparência pessoal, abundância de energia, cooperação aberta, uma atitude de partilha e um impulso inato em direcção à inovação são algumas das maiores forças desestabilizadoras.

    É para aqui que vou e aqui está um pouco de informação sobre como vim aqui ter. Graças a Graham Stewart que teve o tempo, curiosidade e energia para me perguntar directamente estas questões e me deixou partilhar com vocês as minhas respostas.


    Porque iria querer ser o seu próprio patrão?

     

    Graham Stewart: Olá Robin, como está?

    Robin Good: Olá Graham, estou bem. Finalmente tenho notícias suas!



    GS: Tenho viajado um pouco. Sabe bem voltar a casa. E você?

    Robin Good: Oh, ainda estou em Roma. Estou frente à secretária no meu escritório a viajar no hiperespaço a uma velocidade fulminante. Não posso acompanhar todas as notícias e estou a centrar-me nas básicas, que é o meu papel como guia e apoio de pessoas que querem ser independentes, pessoas que detestam ter um funcionário, pessoas que querem usar estas tecnologias multimédia para se tornarem nos seus próprios patrões e que querem fazer e viver do que gostam.

    É aqui que estou e aonde passo 18 horas por dia basicamente a fazer isto.



    GS: E é por isso que queria falar consigo Robin, porque é uma das poucas pessoas que sabe o que quer e vão à luta e está disposto a fazer os sacrifícios para ser independente. O assunto principal que queria falar consigo era sobre a integridade e o seu significado para si. E se posso discutir isso consigo?


    Robin Good: Eu acho que isso realmente significa que essa pessoa não pode ser comprada. Não lhe posso dar dinheiro para que essa pessoa faça o que eu quero. Essa pessoa mantém-se sozinha e nada lhe pode tocar.



    GS: E você também, isso parece ser algo difícil dado o clima de constante pressão a que estamos sujeitos para sermos iguais a todos os outros na produção em massa da sociedade. É algo que descobriu sozinho?

    Robin Good: Boa pergunta. Acho que é muito difícil resistir a muitas das tentações que o dinheiro dá, especialmente se for o elo mais fraco ou está em dificuldades ou precisa urgentemente de dinheiro. É então muito difícil ser completamente íntegro, por vezes, simplesmente impossível, suponho.

    Mas, passo a passo, pode-se sair dessas situações e, criando uma base de sustentação financeira, pode-se ser mais independente, mais coerente e também, não sei se estou certo sobre isto, é uma questão complicada, e talvez não devesse justificar a dificuldade que as pessoas têm quando têm pouco dinheiro... Gosto de ser íntegro mesmo que não tenha dinheiro, mesmo sabendo que vendi o meu talento em várias coisas quando não tinha dinheiro, não estou disposto, agora, a fazê-lo de novo já que não estou nessa situação. Estou, de alguma forma, a responder à sua questão?



    GS: Sim, está, mas o que mais me interessa é a sua experiência, Robin. Você, segundo me lembro, costumava trabalhar para uma grande empresa de multimédia aí na Itália. Quais foram os passos necessários para ser o que é hoje?

    Robin Good: Bem, usei as ligações com instituições ou empresas maiores e o sistema comercial como um todo, como um mestrado e depois como um doutoramento. E depois como um super-douturamento.

    Tive a sorte de estar em muitos lugares onde havia uma boa energia e muita gente jovem com vontade de aprender. E, embora alguns deles, a maioria, visse o trabalho, como você sabe, como uma coisa das 9 às 5, eu tive tantas funções fascinantes e criativas que olhei para elas como uma segunda universidade, tentando explorar e estudar tudo o que pudesse.

    Então, tendo a sorte de trabalhar com algumas das maiores entidades comerciais na rádio, televisão, cinema e também na publicidade, gradualmente levei isto como uma experiência educativa até que tivesse algo para dizer, não apenas aos meus amigos mas a uma maior audiência e foi aí que decidi que queria escrever. E foi assim como tudo isto começou. Isto faz algum sentido?



    GS: Faz sim, e estou interessado em saber se se lembra do momento quando disse "Quero abandonar esta empresa; quero fazer isto para mim mesmo", foi um sentimento; foi uma situação? Foi um encontro com alguém ou uma coisa que surgiu? Consegue lembrar-se do momento?

    Robin Good: Sim, é um momento que me acompanha durante toda a minha vida. É um momento que diz, "Eu não quero ter um patrão que me diz o que fazer e como o fazer."

    Eu queria ser o meu próprio chefe, e isto não aconteceu num momento específico, apenas se manifestou nos momentos quando os meus antigos patrões tinham sido uma grande limitação no meu crescimento ou para a minha carreira profissional ou em certas indústrias onde o papel do meu patrão era o de manter as coisas à distância e não permitir a inovação ou a experimentação de coisas novas.

    Em todas estas situações, esse forte sentimento de querer ser o meu próprio chefe tornou-se cada vez mais forte e então acabei basicamente por cuspir num contrato vitalício com grandes empresas de multimédia, estabelecendo-me por mim próprio e tentar outras experiências.

    Quando tomei estas decisões, quando tinha à volta de 25 anos, os meus pais, naquela altura, nem me queriam ver. Pensavam que eu estava maluco porque tinha um futuro assegurado, um salário, um título prestigiante e tudo... mas para mim, não chegava. Por isso, mesmo tentando outras multimédia e outras empresas, o mesmo problema apareceria uma e outra vez.

    Voltei porque haviam tantos problemas em lidar com os negócios e ter que servir o seu talento a alguém que, mais cedo ou mais tarde, excepto algumas situações pontuais, sente um contraste entre o que quer fazer, no que é talentoso e tem habilidade em fazer e o que é, de certa forma, obrigado a fazer.

    E assim, acho que esse é o ponto de ruptura e onde diz: "Bem, se houver uma hipótese de fazer algo por mim mesmo, porque não tentar?"



    GS: Foi difícil ao início? Quais foram os maiores problemas ou desafios que encontrou no início?

    Robin Good: Não achei difícil no início porque não apostei tudo nisso. Disse para mim mesmo: "Vou fazer isto porque quero tornar útil todo o conhecimento que passa por mim."

    Quer dizer, estou exposto a coisas, ferramentas, técnicas, métodos tão interessantes. Há tanto conhecimento a acontecer no trabalho que estava a fazer que senti que era apenas útil para mim e para os amigos e parceiros que tinha quando comecei a recolher esta informação. E estávamos a pensar em objectos de conhecimento, bases de conhecimento e formas de as organizar melhor. Queríamos capturar toda esta informação útil porque parecia que estava a fluir através de nós antes de se perder irremediavelmente.

    Por isso, comecei por fazer uma newsletter, o que foi uma tarefa monumental para mim pois demorava dias a construir e era de 30 ou 40 páginas, apenas de escrita, análises, ideias e mais. E então, o sítio on-line era um arquivo da newsletter até que compreendi que a newsletter já não tinha que ser o guia. Então o sítio Web tornou-se no que chamam de blogue, e começou a ser autónomo, com a newsletter em paralelo.

    Por isso, não houve tempos difíceis, isto foi apenas uma expressão da minha necessidade de partilhar o meu conhecimento. Deu-me a satisfação de fazer esse trabalho sem receber nenhuma compensação e, na realidade, tendo custos em relação a tempo e recursos humanos envolvidos.

    Mas mesmo depois deste conteúdo escrito que publicava se tornou mais significativo, comecei a ter consciência que havia formas de o rentabilizar.

    E então, pouco a pouco, através de testes e experiências, fui descobrindo que se pode fazer dinheiro através desta oportunidade de publicação independente, até que mais tarde compreendi que esta poderia ser um papel totalmente profissional que me poderia dar subsistência assim que lhe dedicasse mais tempo e recursos.

    Por isso foi uma passagem gradual e não abandonei os meus clientes empresariais ou institucionais até que pudesse depender desta nova aproximação à publicação própria.

    Por isso, sim, foi muito gradual e nunca houve nenhum momento particularmente difícil fora daqueles quando fiz a transição. Nessa altura fazia pouco dinheiro durante muito tempo porque disse: "Está bem, agora há dinheiro suficiente no lado da publicação independente." Posso viver disto."

    Eu queria tanto livrar-me do meu outro tipo de trabalho que fazia, foi difícil durante alguns meses mas a recompensa como indivíduo foi impressionante.



    GS: Houve alguma altura em que esteve prestes a desistir?

    Robin Good: Sim, agora que pergunta acho que entre o fim de 2003 e o início de 2004, quando disse que ou este rendimento aumenta ou paro e repenso tudo. Eu já não tinha mais apoio. A transição tinha sido feita, então foi apenas a difícil provação de acreditar que o tempo me daria razão.

    E foi um caso de meses porque o rendimento inicial era uns poucos milhares de dólares, o que não me permitia pagar as despesas que geralmente tenho.

    Tenho um escritório; tenho algumas pessoas que colaboram comigo. E também tenho uma espécie de família e casa que tenho que manter, por isso isto esta longe de me dar hipótese de pagar por tudo isto.

    E fui ao fundo, as minhas contas bancárias ficaram críticas e disse a mim mesmo para resistir um máximo de dois, três, quatro ou mais meses. Mas logo depois de o dinheiro começar a entrar sozinho, recuperei gradualmente e saí da zona vermelha. Desde então, nunca mais voltei lá.



    GS: Então o que o ajudou nessa altura? Foram os seus amigos, os seus colaboradores? Pode dizer o que o ajudou nessa altura?

    Robin Good: Bem, os amigos são sempre a melhor coisa que temos neste planeta, por isso acho que os amigos realmente me ajudam de todas as maneiras.

    Directamente, com meios financeiros e também suporte moral, ideias, contribuições, ajudando-me a resolver as coisas.

    Muita ajuda de amigos. Fico muito feliz e com muita energia quando penso neles.

    E acho que "insistir" é um ponto fundamental. Com isto refiro-me à decisão de persistir no caminho escolhido, de avançar com as suas melhores competências e questionar cada passo que toma, para que saiba que está sempre a testar todas as alternativas e a escolher a que melhor funciona.

    Construindo pouco a pouco sobre essa experiência, sabe, se tem pesquisado, explorando durante muito tempo todas aquelas mais-valias de comunicação devem então expressar-se de alguma forma e eu tinha acreditava que tal coisa se estava a passar comigo, que a Web estava a dar-me uma oportunidade de reunir o meu saber pessoal e experiência num novo formato pessoal. E isso inclui o que tenho aprendido durante cerca de 15, 20, 25 anos, desde ilustração até fotografia até design, rádio, TV, filme.

    Também entendi que à vista desarmada posso parecer alguém que salta de carreira em carreira sem objectivo específico, este foi realmente um período longo de estudo e pesquisa avançados, uma universidade alargada que me forneceu o conhecimento que necessito hoje para navegar na informação multimédia e tecnologias de comunicação, que são elas próprias as bases de qualquer trabalho que queira fazer.



    GS: Agora, falando de si Robin, porque se chama Robin Good e porque é que decidiu assim?

    Robin Good: Bem, sou italiano e tenho um nome muito comprido e difícil de memorizar. Esta é uma razão simples. O meu nome é Luigi Canali De Rossi e para onde quer que vá todos me chamam Mr. Rossi, Mr. de Rossi. Nunca acertam, ficam confundidos porque não sabem qual dessas quatro palavras é o meu primeiro nome e qual é o último. Por isso, quando viajava no passado, costumava por traços entre as palavras do último nome para que as juntassem e as distinguissem do nome.

    Mas a ideia principal era que depois de ter iniciado este ciclo de publicação em que agora estou, sentia que queria aprofundar-me mais para me tornar num editor on-line independente e nessa altura percebi que tinha que criar um tipo de "marca" para mim. Um tipo de perfil público ou identidade públicas que fizessem sentido não só em termos de nome mas também naquilo que sou.

    Quero dizer, ser for Jim Smith, não diz a ninguém se é um analista de vírus sénior ou se é um consultor de marketing on-line. Quero dizer, como pode saber? Mas pensei que poderia criar um nome para o meu sítio e para mim próprio que seja fácil para as pessoas me identificarem sem aquele nome comprido e complicado. E também, pensei eu, o nome pode representar algo mais do que apenas, sabe, duas palavras que me caracterizam como um nome e pode ser um nome que diz algo às pessoas.

    Por isso, deixo o meu neurónio-robô no meu cérebro funcionar independentemente durante algum tempo. Deixo-o seguir, seguir. E um dia, simplesmente surgiu... Robin Good de Sharewood, com um "A", a floresta onde as pessoas partilham, sim, porque estou a tentar ligar, sabe, todos estes diferentes traços únicos que tinha naturalmente: o desejo de partilhar, o desejo de ser bom, de ajudar os outros, ajudar os desfavorecidos - mostrar aos indivíduos que eles são a chave para a mudança social.

    Queria comunicar que apenas compreendendo estas novas tecnologias elas podem ser aproveitadas por indivíduos para seu benefício, e que não precisam de ter milhares de dólares para entrarem e tão grandes oportunidades agora disponíveis para eles.

    Por isso o objectivo, realmente, foi o de encontrar uma marca que fosse capaz de dizer: "Eu estou aqui para ajudar as pessoas a serem o seu próprio chefe. Dar aos pobre de informação o que nem os ricos em informação vêm."

    E tudo isso se relaciona em fazer essas novas tecnologias multimédia acessíveis e disponíveis a cada vez mais indivíduos, permitindo-lhe experimentar, testar e usá-las em formas que os tornem participantes, contribuidores, partilhadores sociais nesta economia de informação que está a transformar o mundo.



    GS: Um ponto fundamental sobre tecnologia. Conheço muitas pessoas, Robin, tal como você por certo, e muitas delas não gostam de tecnologia. Nem se querem aproximar dela; não se relacionar com ela. Preferem ir lá para fora, falar com pessoas, conhecer pessoas, cara a cara e olhá-los nos olhos. É preciso ser independente e fazer vida de formas que incluam a tecnologia.

    Robin Good: Não, acho que isso não é um requisito. Acho que temos uma necessidade de todo o estilo de pessoas, até daqueles que não gostam de computadores ou da Internet. Este pode ser um papel útil e positivo para eles.

    Precisamos de muitas pessoas que se possam relacionar com outras pessoas e comunicar cara a cara e ajudá-las em muitas das situações difíceis que existem no mundo. Sem dúvida, muitas das tecnologias dos computadores ou fora deles, nos ajudam a ser cada vez mais independentes.

    Desde painéis solares a mensageiros instantâneos, estes são os meios que usamos para ultrapassar o sistema tradicional e formas de operar como uma sociedade tal como a conhecemos hoje.

    Por isso, se espera por um futuro onde as coisas acontecem de maneira diferente, é importante compreender que essas tecnologias podem realmente fazer a diferença ao permitir esta mudança.



    GS: E como é que isso aconteceria? Qual é a sua visão, então, para a utilização das tecnologias e usar estes meios diferentes, estes média diferentes? Qual é a sua visão para, digamos, o futuro recente?

    Robin Good: O mais simples é a possibilidade de ter uma mensagem ou conhecimento que pode ser útil para outros e partilhá-lo com os outros utilizando a Internet. Isto permite, no mínimo, uma maior capacidade de encontrar pessoas com interesses semelhantes com quem cooperar e partilhar e, no máximo a sua própria capacidade de contribuir directamente com escrita, imagens, filmes, vídeos, composições musicais para a conversa global que decorre agora. Este processo pode permitir-nos mudar de facto as coisas e criar os tipos de realidades que eles querem ter.

    Mas sem uma troca, sem a possibilidade de aprender com os outros, sem o alcance que a Internet e estas novas tecnologias multimédia nos dão, não pode fazer grandes mudanças.

    Se não fosse a Internet, o meu blogue e ferramentas de Voz sobre IP, eu não teria tido a oportunidade, num tempo tão curto, de conhecer e falar com pessoas que acho que estão muito afastadas da minha área, até há dois anos.

    Ao invés disso, não só fui capaz de os conhecer, como travei amizades com alguns deles. Fui convidado para as suas casas, fui tratado como um irmão, fui capaz de partilhar as minhas ideias e questões com eles e receber respostas e mais ideias deles. Algumas dessas pessoas têm outras redes tremendas, oportunidades e contactos. Por isso, estas extensões das minhas capacidades através das pessoas que conheci, graças às ciber-ligações que criei através da minha escrita, permite-me fazer, criar e pensar realidades, serviços e produtos que não imaginava há um ano atrás. Simplesmente não poderia fazer.



    GS: Esta é uma das coisas principais, Robin. Você fala sobre como a Internet aproxima as pessoas, que pode encontrar outras pessoas com os mesmos interesses. Como confiamos uns nos outros na Internet quando nem sequer nos vimos? Quero dizer, nunca o conheci, por isso como sei que posso confiar no Robin Good?

    Robin Good: Não sei se realmente você pode confiar no Robin Good ou não. Essa terá que ser uma pergunta que terá que se fazer e talvez até nem seja uma questão, como um casamento católico, onde diz "Sim" e tem que ser até ao fim da sua vida. Talvez a confiança seja um valor que sobe e desce ou depende do que considera confiança.

    Se for algo exterior a si e que decide colocar noutras pessoas, é de facto uma escolha aberta. Por isso se eu confiar em si porque gosto das suas ideias e dos seus objectivos e do que está a fazer, acho que devotarei as minhas energias, recursos e tempo para o ajudar.

    Irá a minha confiança terminar um dia? Bem, acho que é uma vez mais dependente da situação e do que faz com o meu investimento e a minha energia, por isso prefiro pensar que não é algo como uma pedra mas que cria uma troca dinâmica entre duas ou mais pessoas e que tem que ser alimentado, como um fogo. Não se mantém sozinho.



    GS: Sim, concordo consigo, Robin. Acho que é uma das coisas fundamentais que devem ser faladas e isso é falar sobre confiança e sobre como somos uns para os outros. Somos verdadeiros uns com os outros e falamos sobre isso, e se falando sobre isso apenas leva a uma maior confiança? Outra questão que tenho é: o que gostaria de ver mais e o que gostaria de ver menos na forma que as coisas estão?

    Robin Good: Gostaria de ver uma menor tendência em relação ao fazer fazer fazer fazer fazer mais mais mais dinheiro dinheiro dinheiro dinheiro dinheiro dinheiro dinheiro, o que por vezes desvia, dificulta, tapa a sua visão.

    O nosso interesse por dinheiro ou o interesse do nossos irmão ou irmã sobre dinheiro criou um monstruoso mecanismo de leis para indústrias que não só estão fora do nosso controlo mas trabalham contra nós.

    Então gostaria de ver cada vez mais pessoas a acordar e não ouvir e acreditar cegamente no que os maiores media nos seus jornais diários, noticiários televisivos e rádio lhes diz, porque não é o que eles precisam de ver para melhor compreenderem como podem as coisas ser mudadas e melhoradas.

    Eles precisam de questionar muito mais para além das notícias e ver o maior panorama de fontes de informação disponíveis sob os quais devem tomar as suas decisões.

    Não devem cair na armadilha de se categorizarem a torto e a direito, democratas ou republicanos, as subdivisões tradicionais dos sistemas políticos e a armadilha de liberal contra conservador. Este é outro jogo atirado contra nós para não vermos quais os verdadeiros assuntos que temos que lidar.

    É por isto que gostaria de ver mais pessoas a levantar o queixo e questionar as coisas, deitar fora as TVs e estudar, pesquisar, questionar-se. Idealmente, podíamos sair da nossa miséria se todos dedicassem algum do seu tempo livre a aprender e saber mais sobre como são as coisas sob a superfície. Instigar a investigar deveria ser o mote de uma sociedade que quer ser auto-suficiente, em vez de ser uma que é conduzida por quem tem acesso a mais informação, centros de média e prensas de dinheiro.



    GS: Quem são as pessoas que o inspiram?

    Robin Good: Bem, há tantas e variam desde o tipo do Bangladesh a descer as escadas do meu escritório e a vender flores no restaurante da esquina a pessoas como Robert Scoble, Howard Rheingold, Chris Pirillo, Marc Orchant, Lawrence Lessig... Quer dizer, podia estar aqui uma hora.

    Há tantas pessoas que me inspiram com as coisas que escrevem, experimentam, inventam, criam e definem estratégias.

    Faço um mau serviço ao não os referir a todos e apenas me lembrei dos primeiros, mas sou inspirado por essas pessoas muitas vezes.

    Não sou capaz de definir quem me inspira com um nome específico, mas acho que sou eu a abrir-me a ser inspirado por tudo o que não sei e de onde posso aprender. E desde que não me abri apenas à tecnologia, mas também a aspectos menos românticos da vida, há muitas pessoas, especialmente numa cidade viva como esta, que me inspiram. E então quando estou em frente ao ecrã, você sabe quanta inspiração lá pode estar.



    GS: Então a quem estiver a ler isto, em que o podem ajudar?

    Robin Good: Como pode alguém ajudar-me? Bem, sempre procurei pessoas que quisessem fazer o mesmo, para que de uma forma juntássemos forças e encontrei algumas pelo caminho. Por isso, acho que as pessoas me podem ajudar no sentido em que podem tentar e ajudar no que estou a fazer para mim próprio juntando-se ou a contribuir de qualquer forma para o que faço. Então, escritores, bloguers, repórteres, investigadores de todo o tipo que tenham boas capacidades de escrita e que dominem a tecnologia são bem-vindos ao meu pequeno grupo, não interessa onde vivam.

    Pessoas que queiram traduzir para outras línguas o trabalho que faço são bem-vindas.

    E com todas essas pessoas eu não as junto, mas partilho com elas muito do que podemos fazer em lucros e rendimentos de anúncios e patrocínios e similares. Por isso, estou à procura de pessoas que queiram "fazer a festa" com as coisas "boas" que encontrámos.

    As pessoas podem ajudar-me a crescer ao mesmo tempo que se tornam participantes e benfeitores desta oportunidade de publicação independente. Eles podem ir à sua vontade e eu não me importo. Acho que é inevitável e bom que tal aconteça.

    Mas certamente, se quiser um caminho mais fácil para se tornar num escritor ou autor independente on-line, tem que se começar a especializar e dominar alguns tópicos por você mesmo. E não é fácil ou rápido. Pode ter uma vida mais fácil unindo-se à minha mini-rede de sítios e a contribuir para eles, estabelecer-se a si próprio, ter credibilidade e depois abrir o seu sítio Web enquanto escreve no meu, derivando tráfego para o seu sítio também.

    Acho que qualquer um entende que sendo acompanhado por alguém com experiência e que é generoso e aberto é sempre uma boa escolha. Está a eliminar muito do risco e muito do tempo de arranque já foi absorvido por outro. É apenas isto que peço ou espero de pessoas que gostariam de me ajudar.



    GS: Muito bem, Robin, esta é a minha última questão para si, ou é uma oportunidade para si. Se achasse que tinha uma sala cheia de gente que não estão a viver da maneira que queria, que são inconscientes ou não estão conscientes do que se passa ou são manipulados por todos os tipos de média, etc. Se tivesse um minuto para falar com eles, o que lhes diria?

    Robin Good: Cantava e dançava uma grande música para eles para que eles, sabe, se divertissem tanto, se rissem desalmadamente para que me quisessem conhecer e saber mais sobre mim. E daí poderíamos ser bons amigos e nunca se sabe o que poderia surgir daí. Talvez tivesse uma oportunidade para partilhar com eles algumas coisas que sei. Talvez ficassem curiosos porque soubessem que somos tão diferentes.

    É isso que faria.

     

    Originalmente escrito por e publicado pela primeira vez na MasterNewMedia.

     

    Robin Good -
     
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