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4 June 2012
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    A Web 2.0 Chega Ao Secundário E Às Universidades: O Alvorecer Da Educação 2.0

    A Web 2.0 está a alterar a forma como as escolas secundárias e as universidades interagem com os seus alunos.

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    Crédito da Imagem: Nikolay Okhitin

    Os media participativos estão a causar grande impacto na passagem de uma economia intelectual de push para uma economia intelectual de pull. Já não chega bombear a informação como se fosse gasolina e esperar que a aprendizagem aconteça - a nova geração de alunos exige ser arrebatada, ser parte activa e pertencer a uma comunidade de construção colaborativa de conhecimento.

    Aqui está a razão:

    "A comunidade on-line do MySpace excedeu os 160 milhões de membros em poucos anos. Mais de 200.000 novos membros registam-se diariamente; é um dos sítios da Internet mais visitados. O sítio de rede social de eleição para muitos estudantes é o Facebook.com, que se descreve como um utilitário social que ajuda as pessoas a melhor compreenderem o mundo que os rodeia."

    Armados com novas ferramentas que tornam a colaboração, partilha de ideias, expressão pessoal e recolha de informações numa experiência interessante, os estudantes de hoje têm grandes expectativas.

    Agora que se podem ligar em rede através de sítios como o MySpace, transmitir a sua presença ao mundo com o Twitter, criar e recriar multimédia com o YouTube e o JumpCut, é pouco provável que fiquem satisfeitos por se sentarem durante 3 horas numa aula ministrada de forma unilateral, de cima para baixo, à semelhança da comunicação tradicional.

    É claro que a geração habituada à televisão, possa ter ficado satisfeita por consumir passivamente informação que lhes era fornecida por níveis superiores, mas actualmente já não é assim.

    A Web 2.0 assistiu a uma mudança dos sítios Web estáticos, que apenas serviam informação, para comunidades dinâmicas, inseridas numa conversação bilateral entre o editor e a audiência - com a suposta linha divisória, difusa e difícil de distinguir. Hoje, esse processo está a entrar nas maiores instituições de ensino, modificando irremediavelmente a experiência de aprendizagem, para sempre.

    Num estudo sobre este panorama, John Thompson faz a pergunta fundamental: "Está a Educação 1.0 preparada para os estudantes da Web 2.0?

    Aqui estão os detalhes:

     

    Está a Educação 1.0 pronta para os estudantes da Web 2.0?


    por John Thompson

    A Web 2.0 chegou. Os utilizadores da Internet não estão só a pesquisar e encontrar informação; eles também estão a criar e publicar conteúdos. Qual será o impacto nas escolas e universidades à medida que estudantes cada vez mais educados tecnicamente, habituados à troca bilateral de informação da Web 2.0, entram nas suas salas?

    Começando com a exploração do sentido e aplicação da Web 2.0, este artigo debruça-se sobre como os estudantes da nova geração, com "expectativas Web 2.0" irão remodelar as instituições do ensino superior.



    Web 2.0

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    O que é a Web 2.0? Se a Web 1.0 era um meio de leitura, a Web 2.0 é um meio de leitura/escrita. O primeiro nível de desenvolvimento de mercado de massas da Internet assistiu à ida dos utilizadores à Internet à procura de informação. Era basicamente uma experiência unilateral, semelhante à ida a uma biblioteca para procurar um livro. Em contraste, a Web 2.0 depende da interacção dos utilizadores.

    Conforme explicado nesta listagem da Wikipédia.org (ela própria uma aplicação Web 2.0), o termo Web 2.0 refere-se a uma "segunda geração de serviços disponíveis na World Wide Web que permite às pessoas colaborar e partilhar informação on-line".

    Esta ênfase na participação dos utilizadores caracteriza as definições da Web 2.0 dadas pela maioria dos opinion makers e também pelos seus defensores. Por exemplo, Downes vê o desenvolvimento da Web 2.0 como uma mudança:

    "de um meio no qual informação foi transmitida e consumida, para uma plataforma na qual conteúdo é criado, partilhado, remisturado, reaproveitado e transmitido".

    Tim O'Reilly, um editor de livros sobre informática e editor de média on-line, define a Web 2.0 em termos muito semelhantes:

    A Web 2.0 é a rede como plataforma, atravessando todos os dispositivos ligados; as aplicações Web 2.0 são as que mais aproveitam as vantagens intrínsecas dessa plataforma: entregando software como um serviço continuamente actualizado, que melhora à medida que mais pessoas o utilizam, consumindo e remisturando dados de várias fontes, incluindo utilizadores individuais, enquanto fornece os seus próprios dados e serviços de uma forma que permite a remistura por outros, criando efeitos na rede através de uma "arquitectura de participação", indo para além da metáfora da Web 1.0, oferecendo desta forma, experiências mais gratificantes ao utilizador.

    A Web 2.0 espelha a crescente importância do indivíduo, pois qualquer pessoa pode criar e enviar textos, áudio e vídeo para a Internet. Não há muito tempo atrás, adicionar conteúdo Web era apenas acessível a profissionais Web, que tinham tempo e conhecimentos necessários para criar páginas Web através de programação. Agora, sítios Web de fácil utilização encorajam os utilizadores a submeter os seus próprios materiais na Internet sem terem que saber uma linha de código HTML.

    Através de aplicações baseadas na Web e serviços como Web logs (blogues), blogues vídeo (vlogs), podcasts e wikis, quem tiver um computador ligado à Internet pode fazer parte do mundo da Web 2.0.

    Embora tais tecnologias tenham contribuído grandemente para o fenómeno da Web 2.0, sítios de redes sociais como o MySpace.com e Facebook.com tiveram uma influência particularmente forte nas vidas de milhões de estudantes. Estes sítios permitem aos utilizadores criar o seu próprio sítio Web, completo com perfis pessoais, descrições dos seus interesses, fotografias, blogues e um crescente número de outras características, que os ajudam a se ligarem a outros com interesses semelhantes.

    "A comunidade on-line do MySpace excedeu os 160 milhões de membros em poucos anos. Mais de 200.000 novos membros registam-se diariamente; é um dos sítios Web mais visitados. O sítio de rede social de eleição para muitos estudantes é o Facebook.com, que se descreve como um utilitário social que ajuda as pessoas a melhor compreenderem o mundo que os rodeia." O Facebook desenvolve tecnologias que facilitam a difusão de informação por redes sociais, permitindo às pessoas partilhar informação on-line da mesma forma que o fazem no mundo real".

    Embora o Facebook só exista desde Fevereiro de 2004, iniciado por vários estudantes da Universidade de Harvard, tem mais de 19 milhões de utilizadores registrados e está agora entre os 10 sítios da Internet mais visitados. O sucesso de MySpace, Facebook, e outros sítios de rede social, como o Friendster.com, Tagged.com, Xanga.com e Orkut.com impulsionaram o desenvolvimento de centenas de sítios de rede social. TagWorld.com, Zaadz.com e Cyworld.com estão entre uma lista crescente direccionada para atrair milhares ou milhões de membros.

    Através de tais tecnologias, a Internet já não é uma série de silos isolados de informação; tornou-se numa plataforma ao serviço dos utilizadores, para que comuniquem e interajam uns com os outros. A Web 2.0 pode ser caracterizada como um fenómeno social que cria e distribui conteúdo de Internet através um paradigma de "comunicação aberta, descentralização de autoridade, [e] liberdade para compartilhar e reutilizar" material (Wikipedia.com 2006, "Introdução").



    O Desafio Para As Instituições De Ensino Superior

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    No seu estudo "Farewell Information, It's a Media Age" o futurista Paul Saffo vê a Web 2.0 como a era dos media pessoais. Ele fala da mudança do consumidor para o lugar do criador, conforme é comprovado pelo acelerado crescimento dos blogues. De acordo com a Technorati, que monitoriza mais de 70 milhões de blogues, são criados mais de 175,000 novos blogues por dia.

    Se Saffo estiver correcto sobre a ascensão da Internet como um meio pessoal, os estudantes rapidamente chegarão à faculdade esperando uma forma de educação modificadora. Marc Prensky descreve os estudantes de hoje, como nativos digitais que funcionaram num ambiente digital durante a maioria das suas vidas; como resultado, as tecnologias que a faculdade e o seu corpo docente geralmente vêem como revolucionário, são rotineiras para os novos estudantes universitários.

    Os Estudantes da Geração Net chegam às universidades como experientes agentes multi-tarefa, habituados a usar mensagens de texto, telefones e e-mail, enquanto pesquisam na Internet e vêm televisão. Eles estão prontos para a aprendizagem multimédia, em horário flexível, livre de tempo e lugar.

    Informação recente, sobre as expectativas dos estudantes, revela já alterações significativas que deveriam ser antecipadas pelos pedagogos. Embora os estudantes de hoje ainda vejam o conhecimento e especializações da universidade como o elemento mais importante na aprendizagem, um estudo da EDUCAUSE demonstra que eles pretendem que os membros de faculdade usem as tecnologias de informação para melhor comunicar esse conhecimento.

    Quarenta e um por cento dos estudantes inquiridos disse preferir que os instrutores utilizassem moderadamente a informática, 27% queriam um uso intenso, enquanto que 26% disse que preferiam apenas um uso limitado. Tendo em conta a expansão rápida das tecnologias da Web 2.0 no quotidiano dos estudantes, é provável que tais preferências se tornem mais pronunciadas, até mesmo em gerações mais recentes, preferindo um maior uso da tecnologia por parte do corpo docente.

    Reagirá a Universidade contra estes estudantes, ou irão responder de forma racional a um novo corpo estudantil habituado ao ambiente Web 2.0? Irá causar consternação o uso de sítios de redes sociais como o MySpace.com e Facebook.com, sítios de informação como a Wikipedia.com e veículos de comunicação como podcasts e wikis, ou irão as instituições do ensino superior aprender a incorporar as aplicações da Web 2.0 de uma forma positiva e educacional?



    Incorporando a Web 2.0 No Ensino Superior: Precedentes para Transformação Futura

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    Poucos poderiam ter previsto o crescimento do Facebook.com e outros fenómenos semelhantes, porém, os pedagogos, têm que estar atentos aos sítios de redes sociais já que tantos estudantes já aceitaram as sua utilidade. Os meus colegas não usam o Facebook nas suas aulas, perdendo uma oportunidade para tirar partido do envolvimento dos estudantes com os sítios.

    No entanto, alguns membros da escola incorporam o Facebook de formas experimentais mas inovadoras. Por exemplo, um professor usa o Facebook como veículo publicitário para os seus programas de intercâmbio (Lemuel 2006). Outro usa-o como uma forma para anunciar eventos e depois como trabalho, pede-lhes que analisem o sítio Web.

    Um terceiro acha-o uma ferramenta útil para descobrir potenciais assistentes pedagógicos não graduados (Mick La Lopa, e-mail ao autor, 2 de Novembro de 2006). Os professores podem, ainda, a não aceitar os sítios Web de redes sociais como ferramentas de ensino e aprendizagem, mas os alunos utilizam-nos como ferramentas de comunicação e de recolha de informação.

    Os professores universitários estão também a utilizar a Web 2.0 de forma inovadora. Como notado por Bryan Alexander, sítios Web de bookmarking social tais como o del.icio.us facilitam um tipo novo de pesquisa colaborativa já que "encontrar pessoas com interesses relacionados pode aumentar o trabalho da pessoa, aprendendo de outros ou conduzindo a novas colaborações"; além disso, os tags usados pelos utilizadores em tais sítios Web "podem oferecer perspectivas novas na pesquisa individual, pois agrupamentos de tags revelam padrões (ou ausências de) não visíveis imediatamente".

    Por outro lado, ferramentas de escrita social como os wikis e Google Docs, que permitem a duas ou mais pessoas editar um documento em tempo real na Internet, poderá ser integrado em trabalhos a desenvolver. Em particular, tais vantagens podem suportar projectos colaborativos em cursos onde a escrita é intensiva:

    "Pedagogicamente, pode imaginar-se a escrita de exercícios baseados nestas ferramentas, tirando partido das concepções por composição colaborativa. Estes serviços (plataformas de escrita sociais) oferecem uma plataforma alternativa para edição, suportando os agora elementos tradicionais de escrita mediada pelo computador" (Alexander 2006, 38).

    Os blogues podem ser usados para ampliar as actividades do curso para além das quatro paredes da sala de aula, de forma que os estudantes escrevam para uma audiência mundial em vez de escreverem apenas para os colegas e professores.

    A motivação dos estudantes pode aumentar quando a sua escrita possa ser lida por milhares em vez de por apenas alguns. Downes oferece várias sugestões para a utilização de blogues, incluindo o uso de blogues para fornecer informação sobre o curso, incluindo endereços que liguem aos conteúdos do mesmo. Stuart Glogoff indica mais uma vasta gama de utilizações possíveis para os blogues, baseado nas experiências dos seus colegas assim como da sua própria utilização da tecnologia num curso de ciência bibliotecária leccionada na Universidade do Arizona.

    Além disso, talvez um dos melhores exemplos de prática pedagógica Web 2.0 possa ser encontrado num curso da Universidade de Columbia onde os estudantes estudaram as capacidades de todas estas tecnologias - bookmarking social (ou "sistemas de classificação distribuídos"), wikis, blogues e outras ferramentas - e os utilizaram directamente nos seus próprios projectos de pesquisa distribuída.

    As escolas secundárias também utilizam a Web 2.0 fora do contexto lectivo. Administradores das escolas e polícia recolhem informações de discussões e mensagens on-line para controlar possíveis actividades ilegais e manter a escola sob controlo.

    A Universidade de Tufts combinou a tecnologia topográfica do Google com o campus para criar uma mistura completa com "imagens de satélite, ligações informativas, [e] categorias de pesquisa" para fornecer "um recurso que possibilite aos futuros e actuais estudantes, pessoal, faculdade, visitantes, membros da comunidade e outros, explorar o campus on-line e localizar edifícios e serviços".

    Na Universidade de Penn State, serviços de mensagens de texto de telemóvel rapidamente enviam notificações aos estudantes de acordo com as suas preferências. Entretanto, os serviços de jantar noutras outras instituições como a Universidade de Marywood, Universidade de Purdue e na Faculdade de Berkeley emprega plataformas Web 2.0 em quiosques on-line aonde os estudantes, através de um ecrã táctil, podem verificar o plano de refeições, ver os menus do dia, ou até enviar um pedido dietético especial ou comentário ao responsável. Um sistema de palavra passe permite-lhes criar cartas nutricionais para si próprios e controlar a nutrição ao longo do dia.

    Por outro lado, uma iniciativa na Universidade de Duke pode servir como um exemplo notável da inovação da Web 2.0. A Duke foi tema de destaque em 2004 quando deu iPods aos caloiros como parte da sua Iniciativa Duke Digital multi-anual para "estimular usos criativos da tecnologia digital na vida académica e do campus".

    Duke desenvolveu uma série de usos educativos suportados para os iPods, muitos deles incluindo elementos interactivos da Web 2.0. Os estudantes criam ou gravam aulas, discussões, entrevistas e apresentações e então enviam ficheiros áudio ou de imagem para um espaço partilhado do curso. Os professores gravam tudo desde entrevistas e exames orais a conferências na sala de aula e descarregam contribuições dos estudantes do espaço de curso para os seus iPods. (Para uma lista de cursos que utilizaram iPods, veja a lista iPods em Duke.)

    Além de testar aplicações Web 2.0 no iPod, Duke está a pesquisar como é que outras ferramentas de tecnologia e multimédia poderão ser úteis no ambiente académico, particularmente nas áreas de podcasting, criação de materiais multimédia instrutivos, projectos vídeo de estudantes, uso de tablet PCs e captura digital de conferências em sala de aula e apresentações.

    Embora Duke tenha assumido um papel pioneiro, outras instituições, reconhecendo que os estudantes se habituaram a usar tais fontes interactivas como podcasts e comunidades sociais on-line, estão a experimentar a Web 2.0. Por exemplo, a Universidade Buffalo State incorpora a Web 2.0 no seu sítio Web disponibilizando a Really Simple Syndication (RSS) para subscritores de forma a que possam receber informação direccionada directamente no seu computador.

    A universidade também utiliza podcast para promover eventos e os professores utilizam-nos nas suas aulas. Além disso, a universidade também permite que possíveis alunos possam falar com um representante as admissões utilizando o AOL Instant Messenger.



    Prospectos para Transformações a Longo Prazo

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    Com usos tão diversos de aplicações da Web 2.0 no ensino superior, o potencial para tais aplicações parece imenso, mas o seu verdadeiro alcance ainda não foi determinado. Antigas crenças de ensino e métodos de educação estabelecidos devem ser remodelados para incorporarem os benefícios da Web 2.0. A mudança poderá ser semelhante à evolução da indústria cinematográfica, que começou a filmar os actores num cenário, tal como se estivessem a representar uma peça.

    Demorou até que os realizadores tirassem os actores do palco e os metessem em estúdios e ainda mais tempo levaram até fazerem os filmes em localizações reais. Igualmente, levará tempo até que as instituições se ajustem à Web 2.0 e a tudo aquilo que é possível fazer, e, como constantemente, as aplicações Web 2.0 continuarão a evoluir, a mudança será muito mais complicada. A Web 2.0 é uma tecnologia de ruptura, devido ao seu potencial para mudar o modelo de ensino superior da sala de aula tradicional para um 24/7 de modo assíncrono.

    As instuições de ensino superior, historicamente, não se dão bem com fracturas, especialmente no curto prazo; porém, lidar com esta força poderia significar a atracção dos estudantes para maiores oportunidades de aprendizagem colaborativas. Desta perspectiva, a mudança poderia trazer implicações muito positivas para a educação superior.

    Mudar para acomodar estudantes da Web 2.0 acontecerá lentamente, da mesma maneira que a integração da tecnologia aconteceu no mundo empresarial. Ninguém ainda sabe como será este modelo novo, mas a variedade de estratégias examinadas neste artigo permite um vislumbres parciais.

    O que pode acontecer com a introdução da Web 2.0 poderá ser análogo ao "Efeito Starbucks". Hammonds descreve o efeito de um Starbucks que chega a uma comunidade cujos negócios não responderam aos desejos do consumidor. Esta nova chegada rapidamente rouba uma fatia de mercado dos negócios locais já estabelecidos.

    O Starbucks tipifica o "aparecimento contínuo de novos concorrentes com modelos de negócio superiores que nos forçam a reconsiderar a viabilidade do que nós sempre fizemos. E cada vez mais será mais intenso". As universidades não são imunes a este tipo de concorrência. A Universidade de Phoenix (UOP), fundada em 1976 e acreditada em 1978, agora tem mais de 250,000 estudantes. A UOP centrou-se nos adultos e outros estudantes não tradicionais, estudantes cujas necessidades estavam a ser ignoradas, na altura, por grande parte das instituições.

    Os serviços do campus da UOP foram disponibilizados on-line para satisfazer as necessidades de estudantes que não podiam chegar ao campus durante o dia; consequentemente, foram oferecidos cursos on-line.

    Até há pouco tempo, estas instituições não tinham nenhum incentivo forte para mudar e tinham pouca vontade em desafiar a forma de negócio central da educação - "criar, processar e disseminar conhecimento na procura da verdade" - era disponibilizada, mas, como mostrou o modelo da UOP, enquanto não mudar para satisfazer necessidades dos estudantes, pode fazer com que eles vão para outro lugar. O rápido crescimento da UOP é, em grande parte, resultado da atenção dada às necessidades de estudantes que não estavam a ser servidos de forma adequada.

    As universidades de hoje precisam de se questionar sobre como podem elas deixar de ser instituições de Educação 1.0, porque os seus concorrentes, como a UOP, estão a rever como fornecem serviços, usando aplicações Web 2.0.



    Conclusão

    Para fazer avançar as nossas práticas educativas, precisamos de compreender os nossos utilizadores e o seu comportamento, uma vontade de experimentar novos modelos de negócio e um reconhecimento pelas organizações híbridas que tiram partido das construções resultantes de contribuições de vários participantes com diversos historiais.

    A liderança de tal organização irá requer uma apreciação de cada desses participantes e do valor de cada das suas contribuições, além de uma visão clara e imaginativa da paisagem da informação futura. Não será fácil, mas a próxima geração criará novos modelos de publicação e aprendizagem escolar, quer escolhamos ou não participar. A única questão será que papel definimos para nós próprios.




    Este artigo foi originalmente escrito por John Thompson e inicialmente publicado em Innovate como: Está a Educação 1.0 pronta para os estudantes da Web 2.0? Innovate. O artigo é reproduzido aqui com permissão do editor, A Fischler School of Education and Human Services at Nova Southeastern University.

    Sobre o autor

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    John Thompson é professor assistente e coordenador do programa de computação educacional da Faculdade Estatal de Bufallo. Thompson ensina todos os cursos completamente on-line tendo já leccionado cerca de 70 cursos on-line. Gosta de trabalhar e ensinar a partir do escritório de casa a qualquer hora do dia ou da noite.



    Créditos das Imagens
    Chapéu de graduação: Volodymyr Kyrylyuk
    Estudante com livros e portátil: Andrei Kiselev
    Estudantes com portátil: Stephen Coburn

    John Thompson -
    Reference: Innovate [ leia mais ]
     
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