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4 June 2012

Telemóveis Como Mass Media: Modelos Para Distribuição De Conteúdos - Parte 2


A história da media segue o mesmo caminho que a história da humanidade e é feita de grandes descobertas e mudanças progressivas.

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Crédito da imagem: Sanja Gjenero

No início do ano 2000, por exemplo, ficámos a conhecer a sétima mass media e a segunda media interactiva: o telemóvel. Media móvel, como a Internet antes, é capaz de absorver todos os seus antecessores, até a própria Internet. O consumo de notícias, a reprodução de música, ver TV, ouvir rádio e até ver filmes é possível num dispositivo móvel. E as duas capacidades únicas da Internet, interactividade e pesquisa, estão também disponíveis na plataforma móvel.

Embora a media móvel tenha apenas oito anos, está a crescer e gananciosamente absorve negócios e conteúdos das medias antecessoras.

A media móvel pode de facto replicar todas as potencialidades das seis medias anteriores enquanto apresenta seis vantagens:

  • A primeira media pessoal


  • A primeira media sempre transportada


  • A primeira media sempre ligada


  • A primeira media com um sistema de pagamento integrado


  • A primeira media sempre presente no ponto de impulso criativo


  • A primeira media onde a audiência pode ser correctamente identificada

(Fonte: Tomi Ahonen explicação da sétima mass media, telemóvel)

Na segunda parte deste relatório escrito por Alan Moore, CEO da SMLXL, ser-lhe-á apresentada uma maior compreensão sobre o que a evolução dos telemóveis lhe prepara para o futuro.

Eis os detalhes:

 

Hoje, Gutenberg seria um mo-blogger: O Telemóvel Como A Sétima Das Mass Media


por Alan Moore




Benefícios do Telemóvel


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Pessoal: Minha Media

É um facto que as pessoas hoje estão mais ligadas ao telemóvel do que à carteira. E o telemóvel está rapidamente a destruir a nossa carteira também. Um estudo da Unisys revelou que se perdermos a nossa carteira, em média relatamos o evento passadas 26 horas. Mas se perdermos o telemóvel, em média relatamos passado 68 minutos. Entretanto um estudo de 2006 da Wired refere que 60% de possuidores de telemóveis casados não partilham o dispositivo com o seu cônjuge. Um estudo da Carphone Warehouse refere que 68% dos adolescentes não deixam que os pais vejam o que está no seu telemóvel. É assim tão pessoal.



Sempre Transportada: A Cidade no meu bolso

Já não surpreende que não saímos de casa sem o telemóvel. Um estudo global da BBDO em 2005 revelou que 5 em 10 pessoas dormem com o telemóvel na cama. Um estudo global da Nokia em 2006 revelou que 72% da população utiliza o telemóvel como despertador. O telemóvel é levado para a casa de banho e foi referido no Forum Oxford que este é o sítio de maior utilização da internet móvel e TV móvel.

Nenhuma outra mass media tem esta relação tão intensa com a audiência.



Sempre Ligado

Alguma opiniões iniciais pelos editores de jornais eram que a Internet pudesse oferecer uma experiência rival ao jornal impresso, mas o ecrã do telemóvel tem tão pouca área que não podia responder a esta necessidade. Isto também foi provado como não sendo verdade. Os telemóveis oferecem um ecrã activo que pode ser muito superior à visualização estática em papel de um jornal ou revista. Apenas demorou um bocado para que a indústria do conteúdo móvel desenvolvesse formatos para tirar partido do poder do telemóvel.



iMedia

Por exemplo, a operadora móvel NTT DoCoMo introduziu o iMedia - um feed actualizador de notícias que utiliza o modo de inactividade do ecrã do telemóvel. Por isso quando o telemóvel é colocado numa mesa ou secretária, por exemplo, vai apresentando notícias recentes como o actualizador de notícias da CNN no fundo do ecrã da televisão. Os utilizadores podem escolher se querem notícias desportivas ou financeiras, notícias de personalidades e por aí fora ou qualquer combinação.

Quando o dono do telefone clica nas notícias recentes, é mostrado mais sobre a notícia, com texto, imagens e vídeo. O serviço custa dois dólares por mês e com 18 de mercado, 8 milhões de japoneses pagavam pelo serviço, com uma taxa de adopção do serviço nos 16% e uns impressionantes 192 milhões de dólares por ano só no Japão.

Considere todos os serviços de subscrição on-line na Internet, e a Japonesa NTT DoCoMo tem mais subscritores pagantes num serviço móvel do que todos os jornais on-line de todo o mundo reunidos. Se assumirmos que a mesma taxa de adopção acontece em todo o mundo - e não há razão para duvidar disso - este único sistema de notícias, utilizado por 16% dos 2.8 bilhões de utilizadores de telemóveis pode gerar mais do que 10 bilhões de dólares de lucro em todo o mundo. Poderá um serviço de notícias móvel ameaçar um telemóvel? Já o fazem, o mesmo serviço foi lançado em Portugal pela Vodafone. Indo para um ecrã de telemóvel perto de si.



Pagamento Incluído

Em Helsínquia, na Finlândia, 57% dos bilhetes dos transportes públicos são pagos por telemóvel. Na Croácia, mais de metade dos estacionamentos são pagos por telemóvel. Na África do Sul pode ter o seu ordenado pago directamente para a conta do telemóvel ligada à sua conta bancária móvel.

Em Soweto, numa barbearia mais de metade dos clientes pagam por telemóvel. 20% da taxa de congestionamento em Londres é paga por telemóvel. Na Eslovénia Todas as máquinas de venda automática, todos os restaurantes McDonalds e todos os taxistas aceitam pagamento por telemóvel. No Quénia o limite máximo de uma transacção por telemóvel é de 1 milhão de dólares por transacção.

E na Coreia do Sul todas as empresas de cartões de crédito activam os seus cartões de crédito aos donos de telemóveis automaticamente, oferecendo a opção de enviar um cartão de crédito em plástico para o domicílio do cliente gratuitamente. Embora a Internet seja um icebergue e começou a crescer e parte deste impacto já seja visível, o impacto dos telemóveis como a sétima mass media está ainda submerso. Mas não se iluda, os telemóveis terão um alcance muito maior, mais lucrativo, mais influente como mass media, mais relevante como um veículo publicitário e mais poderoso do que a Internet como plataforma criativa.



A ponto de Impulso Criativo: Convergência de Utilizador e Criador

No contexto dos telemóveis e da Web, a Web móvel foca-se no cliente como criador e produtor de conteúdo, tal como o autor de Mobile Web 2.0, Tony Fish diz, ‘no ponto de inspiração.’ É o “Prosumo” (produção e consumo). Estamos a utilizar a plataforma móvel para partilhar informação com uma rede de confiança e estamos a utilizar o nosso telemóvel como uma ferramenta de produção de media.

Veja a utilização de tecnologias móveis nos atentados de Londres a 7 de Julho, veja a utilização dos telemóveis para destituir o governo de Joseph Estrada nas Filipinas ou o SeeMeTV na rede móvel Three, a utilização do Mo-blogging na Moblog UK, que foi recentemente incorporada num projecto com a emissora televisiva comercial Channel 4. MyNuMo permite que as pessoas criem conteúdo móvel e se o conseguirem vender têm uma parte nos lucros. Até a Current TV de Al Gore é apresentada como sendo líder na utilização de conteúdos móveis criados pelos utilizadores.



O telemóvel torna a TV interactiva: Pop Idol

Para demonstrar o seu poder, os telemóveis podem actuar como o canal interactivo para medias antigas. Um bom exemplo é o formato global Pop Idol, com o seu American Idol, Australian Idol, Deutschland Sucht Der Superstar Alemão e a variante francesa Nouvelle Star. O Pop Idol teve 60 transmissões em mais de 30 países nos últimos cinco anos, reunindo um total de 3.2 bilhões de visualizações, onde quase metade desse número a ver as finais nacionais de uma transmissão nacional do Pop Idol.

Mais importante, esses 3.2 bilhões de espectadores votaram um número impressionante de 1.9 bilhões de vezes, e quase todos os votos foram a partir de telemóvel, quase sempre utilizando votações em SMS. O formato de reality show do Pop Idol gerou mais de 600 milhões de dólares em lucros nas votações dos utilizadores. (Para mais veja o relatório da SMLXL em 2006 sobre o Pop Idol)



Audiência Exacta: O Santo Graal do marketing

O santo Graal para as Mass Media é a identificação exacta de uma audiência interessada. Sabemos que o que é medido é feito e assim quanto mais exactamente soubermos quem é a audiência, mais exacta pode ser a publicidade e o marketing. Com as revistas e jornais, quem os subscreve podem ser identificados, geralmente por nome e endereço.

Mas não sabemos exactamente quantas pessoas nesse lar lêem essa publicação. E para os números comprados na banca, nem temos ideia. Com a rádio e TV podemos apenas mediar as audiências através dos índices Nielsen, uma amostra de 1000 que nos dizem o que milhões vêm. Com o cinema sabemos ainda menos sobre a verdadeira audiência.

A Internet prometeu “o segmento de um” – que poderíamos identificar pelo endereço de IP do computador, a verdadeira base de utilizadores. Provou ser pouco exacto devido a redes nas empresas, firewalls, vários PCs e múltiplos utilizadores num PC, tal como um PC a ser partilhado por adolescentes e pais ou um computador numa universidade, partilhado por milhares. Para não referir os cibercafés. A indústria da Internet foi bastante longe tal como a instalação de cookies no computador dos utilizadores para tentar controlar a utilização. Mas mesmo com os melhores métodos, apenas uma pequena fracção de utilizadores da Internet e seus hábitos são recolhidos com exactidão.

Isso é precisamente o contrário com o telemóvel. Com a sétima Mass Media, todos os telemóveis são identificados e todo o tráfego Web e utilização dos conteúdos do serviço pode ser controlado. Ainda existem imperfeições, pois alguns utilizadores têm dois telemóveis. Por exemplo, o caso de mais de metade dos telemóveis no mundo serem contas "pré-pagas" (onde o nome do utilizador é desconhecido) frequentemente surpreende pessoas fora da indústria das telecomunicações, pois essas contas são identificadas perfeita e inequivocamente e pode ser controlada perfeitamente.

O único elemento que não se sabe é o nome da pessoa. Mas para a Playboy a visualização das páginas por número de telefone 0123 456 7890 podem ser controladas uso após uso, dia após dia, mês após mês. E podemos ver que outras páginas estão a ser consumidas por este utilizador, a que hora do dia, a partir de que endereço, por ex: trabalho ou hotel, etc. e que acesso foi feito.

AFM Ventures demonstrou o nível de exactidão em 2007. Na TV, apenas 1% da audiência é capturada. Na Internet é cerca de 10%. Mas no telemóvel, cerca de 90% da audiência é capturada. Esta é uma exactidão sem precedentes em qualquer mass media anterior. E foi isso o que elevou o interesse de marcas e publicitários ao verem a eficácia de comunicações de marketing tradicionais como uma sobra do que já foram.



Informação a Próxima "Intel Inside"

De quem consume o nosso conteúdo media, para o que o utilizador consome. O primeiro nível de compreensão da audiência é saber quem é a sua audiência. Isso é fácil de saber. Quem é a minha audiência. Uma assinatura de uma revista ou um perfil no índice Nielsen ou da Internet ou um cookie pode dar-nos essa informação. Mas um elemento mais poderoso é o que o cliente consome.

Alguns serviços de Internet podem capturar esse nível de informação, tais como os vídeos do YouTube que um cliente viu, mas que tem os defeitos de informações incompleta para começar. Nos telemóveis informações pessoais perfeitas podem ser recolhidas. À medida que cada clique de uma página móvel é transmitida pelo ar (e pode incorrer numa taxa à sua conta telefónica), a operadora móvel já recolhe informações completas dos utilizadores dos seus milhões de clientes, todos os dias e todas as noites. Informação de utilização perfeita. É muito mais valioso para o detentor de media ou publicitário do que saber apenas o tamanho da audiência. que páginas no feed noticioso foram consumidas, quais foram ignoradas, etc.



Contexto Social do consumo

Se entendermos que cada clique e cada telemóvel é uma ferramenta de comunicação, podemos aplicar “analistas de dados sociais” à gigantesca transmissão de dados. Não só descobrindo o que consumimos, mas com quem. Se gostamos de uma anedota a quem a enviamos? Se recebermos um cupão de um telemóvel com que amigo partilhamos com quem recuperámos o cupão? Apenas se os utilizadores forem correctamente identificados, a sua utilização for medida e se a media permite partilha, podemos marcar precisamente as dimensões da rede social.

Isto é muito mais valioso para os publicitários e donos de media que apenas sabem o tamanho da audiência.

Uma das primeiras descobertas dos dos analistas das redes sociais foi o conceito do "Utilizador Alfa", discutido no livro de Ahonen & Moore, Communities Dominate Brands. quando as comunidades de interesse podem ser identificadas pelos seus padrões de comunicação e os membros correctamente identificados, então é um caso de controlar as suas comunicações para identificar os influenciadores das comunidades.

Estes são chamados Utilizadores Alfa e são muito mais relevantes para a adopção de qualquer serviço do que o anterior conceito de "Adoptantes Iniciais" das teorias de marketing dos anos 70. Técnicas comerciais de rede social foram lançadas há apenas quatro anos e um dos pioneiros, Xtract da Finlândia, refere que ao utilizar informações das redes sociais, o operador móvel Swisscom conseguiu aumentar as suas vendas de um novo produto em 90%.

O dispositivo móvel é a plataforma perfeita para que isto aconteça. E também fornece ao publicitários informação relevante e contextual e serviços que são “Just in Time” vs. “Just in Case,” evitando o grande desperdício que incorre com o “marketing Just in Case.

Além disso os analistas de dados sociais permitem que o receptor de informação, liderado por uma necessidade comercial para ver essa informação como atempada e relevante. É um componente crítico na migração que está a acontecer do que a publicidade já foi, Interruptora, para o que a publicidade está a ser, Interessante. O marketing de interesse é um tema muito abrangente, e é-o de propósito. No seu âmago, está a noção que os seres humanos são animais altamente sociais e têm uma necessidade de comunicação inata.

Assim, qualquer campanha de marketing de interesse deve permitir transmissão bidireccional de informação e comunicação. Acreditamos que as pessoas aceitam o que criam. O interesse é acerca da ligação de comunidades pequenas ou grandes a conteúdo que lhes interesse, dando o conteúdo de uma forma que seja sempre uma experiência emocional e valorizada. Algo que as comunicações interruptivas não podem fazer. Para mais informações, faça o download o pequeno livro sobre Engagement Marketing da SMLXL.




Conteúdo de Media e Telemóvel


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Música no Telemóvel

A maioria dos executivos das media conhecem bem a história do iPod e iTunes da Apple. Em 2001, a Apple criou brilhantemente um novo espaço de mercado que muitos achavam um mercado em declínio dominado pelo Walkman da Sony no campo dos reprodutores de media portáteis e devido ao Napster no referente a conteúdos. A Apple virou isso do avesso, vendendo 100 milhões de iPods em seis anos e criando um fluxo de receitas de um bilhão de dólares para a indústria musical através da venda legal de música através da iTunes.

O que a maioria dos executivos fora da música não sabem é que a indústria musical móvel é de facto muito maior. Apenas no ano passado, 309 milhões de telemóveis reprodutores de música foram vendidos. As versões destes telemóveis da Nokia, Motorola, Samsung e SonyEricsson ultrapassaram o número de vendas totais do iPod no ano passado. Embora o crescimento das vendas do iPod tenha diminuído em 40% por ano para menos de 50 milhões de unidades, o maior mercado dos telemóveis multimédia crescia 250% por ano. Esta é a condição pela qual a Apple teve que apressar o lançamento do iPhone para o mercado, o iPod teve um bom reinado na indústria musical mas já chegou ao fim.

O mesmo é verdade no lado do conteúdo musical. Enquanto que o iTunes fazia cerca de um bilhão de dólares de lucro em vendas de músicas em 2006, a música móvel valia mais de 8.8 bilhões de dólares em todo o mundo. Três classes de música móvel - toques de chamada, toques de caixa de correio e faixas em MP3 - cada uma delas vende mais do que as vendas globais do iTunes. Na Coreia do Sul 45% de toda a música vendida é vendida através deste tipo de telemóveis; na América menos de 10% de toda a música vendida é através do iTunes.



Os Artistas Primeiro

Artists First, uma empresa de músicos convertidos em técnicos do Reino Unido permite que os artistas criem, preparem e vendam os seus conteúdos directamente a utilizadores de telemóvel a recebam os pagamentos através de SMS. Após terem lançado o serviço em Março, está presente em mais de 25 países. A empresa está também a trabalhar numa aplicação peer-to-peer e a desenvolver um conjunto de ferramentas para a criação de conteúdos que permitam que os artistas extraiam uma parte do seu conteúdo e o vendam como tema de toque. O CEO Mark Bjornsgaard diz:

É sobre permitir que os artistas comuniquem directamente com as suas audiências móveis, limitando o papel de intermediário que poderia complicar o processo dessa troca e criar fontes de lucro de várias opções de lucro além da música..”



Jogos tornam-se móveis

Os videojogos são a segunda categoria de conteúdos a seguir a música para o telemóvel e já é maior do que o jogo on-line. O videojogo mais jogado não é o Pong ou o Pac Man ou Donkey Kong ou Madden’s Pro Football numa Playstation. O videojogo mais jogado no mundo é o Snake nos telemóveis Nokia. Mas os jogos estão pré-instalados nos telemóveis não potenciam a indústria global dos videojogos à semelhança do Campo Minado e Solitário pré-instalados no Microsoft Windows.

A indústria de videojogos faz dinheiro a partir das vendas de consolas (Playstation 3 e PSP, Xbox 360, Nintendo Wii), nas vendas de consolas, e em jogos de rede. Embora a maioria dos jogos da Internet tendem a ser jogos de vários jogadores de grande formato como o CounterStrike, World of Warcraft, Lineage e Everquest, a maioria dos jogos de telemóvel tendem a ser pequenos questionários, jogos de sudoku, poker, etc, que são mais adequados a um ecrã pequeno.

Mesmo assim, jogos multi-jogador estão a ir para o telemóvel também, tais como os da Disney Studios, como o Piratas das Caraíbas e o jogo Elven Legends da Nexgen. O que é interessante de notar é que com 2.5 bilhões de dólares, os jogos móveis já conseguiu suplantar o jogo on-line na Internet em termos de lucros.



Mais social

Como a Internet, a interactividade está incluída nos telemóveis - de facto, as mensagens SMS é utilizada por mais do dobro de pessoas que o e-mail e através das SMS pode atingir o triplo das pessoas dos que com as plataformas de mensagens da Internet. Devido à Lei de Metcalfe (a utilidade de uma rede de comunicação cresce pelo quadrado do número de utilizadores dessa rede) e da Lei de Reed (uma rede colaborativa obtém ainda mais benefícios do que uma rede de comunicação), os telemóveis já se tornaram numa plataforma de rede social maior do que a Internet.

E uma nova categoria de conteúdos móveis, os primeiros serviços de rede social móveis tornaram-se comerciais em 2003 quando o Cyworld Mobile foi lançado na Coreia do Sul. Mas em apenas três anos, em 2006, a rede social móvel tinha ultrapassado a rede social na Internet em lucros, atingindo um impressionante valor de 3.45 bilhões de dólares mundiais, segundo a Informa. Este é um recorde mundial sobre a rapidez da formação de uma indústria de um bilhão de dólares.



Até os livros são móveis

Os primeiros livros para consumo móvel foram lançados no Japão em 2002. Os conceitos iniciais não funcionaram muito bem. Tal como muitos outros, os editores livreiros tentaram copiar inicialmente o que funcionou em papel, reunir os seus bestsellers e lançá-los como livros móveis. Os conceitos falharam redondamente. Mas a experimentação encontrou o sucesso. novos autores publicam romances mais curtos para telemóvel antes de receberem acordos para editar livros tradicionais.

Esses autores de sucesso, têm os seus livros lançados em formato impresso também. O editor não tem o risco de produzir milhares de livros de um título que não vende, tendo que os vender com prejuízo. Os vendedores de livros não têm que se debater com stocks de títulos obscuros. Mas porque o canal de pagamento é inerentemente móvel, custos de entrega muito baixos para conteúdos que não sejam muito exigentes em dados - transmitir texto em redes móveis não e tão caro como as imagens ou sons.

Possíveis autores têm uma publicação facilitada e os editores podem testar, com custos moderados, a possibilidade de um autor em captar uma audiência. Em cinco anos os livros móveis tornaram-se numa indústria de 82 milhões de dólares no Japão, ou em toda a base de utilizadores de telemóveis, os japoneses em média gastam 90 cêntimos por ano no consumo de livros no telemóvel. Quando isto atinge o globo, é outra indústria de conteúdos de vários bilhões onde o telemóvel absorveu outros formatos de conteúdos de mass media anteriores.



Depois do lançamento do Cyworld, pouco visitei o MySpace

O MySpace é o bem conhecido sítio Web de rede social com mais de 100 milhões de utilizadores no mundo. Os utilizadores publicam perfis pessoais, indicam quem são os seus amigos on-line, partilham fotos digitais, avaliam música, etc. O Cyworld é um sítio Web de rede social semelhante da Coreia do Sul, mas mais antigo do que o MySpace, e criado no país com a maior taxa de penetração de Internet de banda larga e telemóveis 3G, o Cyworld evoluiu para muito mais do que um sítio Web de rede social, totalmente integrado tanto na Internet de banda larga e nos telemóveis 3G.

O Cyworld combina todas as inovações do MySpace com os avatares do Second Life, o quartos pessoais virtuais do Habbo Hotel, a loja de música do iTunes, a loja on-line do eBay, a partilha de vídeo do YouTube e a experiência completa de blogues (blogues, weblogues, diários pessoais e publicação pessoal on-line). Em todas as medidas, ajustado à população de 50 milhões da Coreia do Sul, o Cyworld lidera o mundo. 42% de toda a população da Corei do Sul está activa no Cyworld.

Mais de 90% de todas as imagens partilhadas na Coreia do Sul passam pelo Cyworld e por todo o poder imenso da partilha de vídeos do YouTube, com menos do que um quarto do número total de utilizadores, o Cyworld gera hoje mais uploads de vídeo do que o YouTube.

Já não é uma questão de se “podem” ou não a Coca Cola, Nike ou a Ford encontrar ferramentas de marketing para se juntarem a sítio Web de rede social tais como o Second Life, MySpace ou YouTube. Na Coreia todas as marcas de consumo TÊM que estar no Cyworld. 30,000 negócios incluindo as maiores marcas de consumo já oferecem 500,000 ites de conteúdos da marca para venda. Isto é para além dos conteúdos gerados pelos utilizadores. É realmente um ecossistema de economia virtual.



Eliminando os Tubarões

E a própria Internet, de momento acedida maioritariamente pelo PC, está rapidamente a ser absorvida pelo telemóvel. O Japão tornou-se o primeiro país industrializado onda mais de metade dos acessos à Internet eram a partir de telemóvel em 2005. Em 2006 a Corei do sul e o Japão juntaram-se a este clube e em 2006 a migração dos utilizadores de Internet para os telemóveis a partir dos países europeus tais como a Itália, Alemanha, Espanha, Áustria, etc. estava nos 30%. 19% dos utilizadores americanos de Internet já utilizam o telemóvel para aceder à Internet. O que era tacnicamente impossível antes desta década, o acesso móvel a conteúdos Web está a tornar-se a escolha preferida.

À medida que a maioria do acesso à Internet passa do computador para o telemóvel, o primeiro efeito é que todos os donos de conteúdos de Internet começam a formatar os seus conteúdos com o ecrã mais pequeno como padrão. Segundo, os donos de conteúdos de Internet descobrem o poder do dinheiro móvel - a japonesa Cybird foi a primeira empresa da Internet que não tinha lucros nos PC mas lucrou com os telemóveis em 2000 devido aos seus lucros de internet móvel e esteve na capa da Wired em 2001 por este feito.

Após a maioria dos utilizadores de Internet mudar do PC para o telemóvel, segue-se a utilização e o tráfego, como já foi observado no Japão em 2006. E o próximo passo é que as encomendas de PC comecem a diminuir à medida que as vendas de smartphnes aumentam. Esta tendência também foi inicialmente observada em 2006 no Japão.

Mas o mais importante a reter é que a Internet foi a media mais rapidamente absorvente de sempre. Agora os telemóveis não só uma media ainda mais rapidamente absorvente das media antigas; os telemóveis estão a absorver a própria Internet! É por isso que o CEO da Google, Eric Schmidt repete continuamente o seu mote para o futuro do Google: "Móvel, móvel, móvel!"




Este estudo foi originalmente publicado com o título "Mobile as the 7th Mass Media: An Evolving Story" por Alan Moore da SMLXL em Junho de 2007. Está disponível para download no mesmo sítio Web.

Leia a Parte 1: Telemóveis Como Mass Media: A Próxima Revolução Tecnológica - Parte 1



Sobre o autor

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Alan Moore é o criador do termo, filosofia e princípios de Engagement Marketing. Começou a trabalhar no tema em nos anos 90, que culminou na fundação da primeira empresa Community Engagement Marketing em 2001, SMLXL (Small Medium Large XtraLarge), e na escrita do livro de referência Communities Dominate Brands. SMLXL é um novo tipo de empresa de marketing que assiste os clientes e empresas a interligar-se melhor. Ele lecciona na Universidade de Oxford no curso sobre Mobile Social Networking.



Créditos das Imagens

Telemóvel no bolso: Sanja Gjenero
Câmara de telemóvel: Sylvia Neugebauer

Alan Moore -
Reference: SMLXL [ leia mais ]
 
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