english   italiano   español
 
4 June 2012

Content Curation E O Futuro Das Buscas: Entrevista Com Howard Rheingold

A curadoria de conteúdos e o futuro da pesquisa estão convergindo? Em quem você vai confiar quando se trata de descobrir quais são as alternativas para um problema que existe e tudo o que você tem é uma conexão de internet? Quanta liberdade individual você está disposto a sacrificar para um algoritmo, independentemente de sua precisão?

futuro_curadoria_conteudo_howard_rheingold.jpg
Crédito da foto: Robin Good

Mas por que, você pode perguntar, questionar a capacidade do Google ou de outros motores de busca para ordenar e classificar os resultados das pesquisas quando já fazem isso a algum tempo?

As razões podem ser muitas, mas as principais, na minha opinião, pode ser resumido nesta pequena lista:

a) A maioria dos internautas acredita que os motores de busca são imparciais e que não fornecem os resultados mais relevantes para o que precisam descobrir. Eles não questionam ou duvidam do sistema secreto pelo qual esses resultados são fornecidos. A realidade é que "Cada vez mais, o monitor do computador é uma espécie de espelho de uma mão só, refletindo seus próprios interesses, enquanto os que observam os algoritmos vem o que você clica. (Fonte: Eli Pariser)"

b) A quantidade de informação disponível na rede cresceu e continua crescendo em um ritmo tremendo. Classificar e organizar o que é relevante, portanto, torna-se cada vez mais difícil, dado que, idealmente, o que pode ser um conjunto válido de resultados de pesquisa para mim pode não ser tão relevante ou útil para outra pessoa.

c) As listas de resultados estão se tornando cada vez menos úteis. Faltam contextos relevantes. Os resultados de pesquisa do Google oferecem cada vez menos uma visão abrangente de qualidade sobre um tema e cada vez mais uma janela de alguns resultados, rodeada por anúncios pagos.

d) Internautas como eu querem cada vez mais entender profundamente um assunto específico em vez de encontrar um conjunto de artigos em blogs a respeito.

e) Para resolver estas questões, os motores de busca e as redes sociais tem desenvolvido por muito tempo resultados personalizados. A personalização, aquela gerada pelos filtros invisíveis no Facebook, Google e em outros lugares, predetermina o que é relevante para você, baseado na história, preferências e escolhas de seus amigos online. Mas você como usuário pode ajustar pouca coisa ou quase nada para estabelecer em quais amigos deve confiar e quais não.

f) A personalização da informação pode ser boa para sugerir o que comprar em seguida, de acordo com o que seus amigos gostaram ou compraram antes de você, mas pode não ser a melhor escolha quando se trata de tomar decisões informadas ou entender um problema através da análise de diferentes pontos de vista.

Estas, são as primeiras razões bastante evidentes que apontam para um problema crescente para o qual não temos prestado muita atenção até agora: a informação centralizada e filtragem secreta, para a qual você nunca conscientemente optou.

Quais são as formas e soluções em torno disso?

A curadoria de conteúdo e das buscas, feita por seres humanos para outros seres humanos, pode ser a melhor solução de todas.

Nesta recente entrevista por vídeo que Howard Rheingold gravou comigo, introduzo algumas informações básicas sobre curadoria de conteúdo, o seu papel, importância e características, traços e ferramentas necessárias para fazê-la corretamente.

Também explico a grande oportunidade e potencial que os "curadores de conteúdo e de pesquisa" podem ter no futuro da Internet, como podem se tornar nossas portas de entrada mais credíveis para as informações e fontes que estamos procurando.

 




A Escolha Esquecida

O maior perigo de tudo isso, é a coisa que todos nós menos vemos: a nossa escolha esquecida.

Conforme Eli Pariser claramente aponta em seu artigo Filter Bubble, nunca escolhi entrar na bolha de informação, mas a bolha é tão profunda que nunca é questionada. Se escolhi assistir a um canal de TV específico ou ler a um jornal, posso de modo ativo decidir que tipo de perspectiva crítica adotar para analisá-la.

Mas quando é o Google ou o Facebook que, invisivelmente, sugere o que é mais relevante ou importante para mim, é outra coisa que molda a forma como vejo o mundo ao meu redor.

"Os filtros personalizados chegam até você - e porque eles aumentam os lucros para os sites que os utilizam, eles se tornarão cada vez mais difíceis de evitar."

"O You-Loop e os seus Perigos

Em última análise, filtrar a bolha pode afetar sua capacidade de escolher como quer viver.

Para ser o autor de sua vida, argumenta o professor Yochai Benkler, você tem que estar ciente de um diversificado leque de opções e estilos de vida. Quando você entra em uma bolha de filtro, você está deixando as empresas que o construíram escolherem quais opções você deve conhecer.

Você pode pensar que é o capitão do seu próprio destino, mas a personalização pode levá-lo a uma espécie de determinismo informativo na qual o que você clicou no passado determinará o que você verá na sequência - uma história online que você estará fadado a repetir.

Você pode ficar preso em uma estática versão cada vez mais estreita de si mesmo - um ciclo sem-fim.

Mas o que é bom para os consumidores não é necessariamente bom para cidadãos. O que parece que eu gosto pode não ser o que eu realmente quero, e muito menos, o que eu preciso saber para ser um membro informado da minha comunidade ou país. "É uma virtude cívica ser exposto a coisas que parecem estar fora de seu interesse", me disse o jornalista de tecnologia Clive Thompson..."

Fonte: Eli Pariser - The Filter Bubble

 

O Que é Curadoria de Conteúdo?


Duração: 1' 48''



Transcrição Completa do Texto em Inglês



Howard Rheingold: Olá. Eu sou Howard Rheingold. Estou conversando com o Robin Good a respeito de curadoria.

Robin, adorei a sua série de artigos sobre curadoria. Recomendo. E eu só queria fazerem chegar diretamente a você alguns pensamentos sobre o tema, começando com qual você acha que seja a importância e o lugar da curadoria para quem está online?



Robin Good: Acho que vejo as coisas da seguinte forma.

Chegamos, de alguma forma, ao limite de compreensão e entendimento da informação sai do Google, ao fazermos uma pesquisa e obtermos uma lista de coisas que poderiam ser relevantes para nós.

Eu acho que isso é igual a estar com fome e ir ao McDonald's. É o fast-food da informação. Eu quero algo a mais. Quando vou a um restaurante, posso escolher o tipo de restaurante, o tipo de alimentos, a qualidade, o nível, o tipo de serviço ao cliente e assim por diante.

O que eu procuro é por um novo nível de acesso à informação, pelo qual não apenas testo e rankeio as informações processadas, mas tento compreendê-las. Isto é o que as pessoas querem estão querendo cada vez mais.

Um artigo por si só, ou um link ou um recurso ou um vídeo, por vezes, corresoponde apenas a uma pequena abertura para compreender o assunto, enquanto se houver algum tipo de camada intermediária, seja feita por um algoritmo ou por pessoas contribuindo e trabalhando com um algoritmo para colecionar coisas que fazem sentido em um determinado tópico, acho que estaríamos em condições de nos informarmos e aprendermos muito mais rápido e muito melhor do que podemos fazer agora.

 





As Qualidades de um Curador


Duração: 2' 04''

Howard Rheingold: Quais qualidades você acha que um curador deve ter?



Robin Good: Ele [o curador] tem que ser uma pessoa muito curiosa e apaixonada pela área em que faz a curadoria.

Eu não acho que você consegue fazer a curadoria de um tópico porque decide fazê-lo de uma hora para a outra. Você certamente será capaz de fazê-lo, e ganhar confiança com isso com o tempo, mas seria melhor você selecionar algo pelo qual já está muito apaixonado, ou que já tenha sido exposto, para que você tenha alguma sensibilidade, algumas antenas, que permitam entender o que é bom, o que é melhor.

...e também porque se torna uma questão de para quem você está fazendo isso? Você é apenas um artista pintando algo para si mesmo, ou faz curadoria para um público específico, tentando interceptar uma necessidade específica e resolvê-la com esse canal de informação?

Gostaria de pensar que conhecer o público e ser um especialista no assunto ajuda a qualquer pessoa fazer a curadoria de qualquer tipo de informação que tenha a sua disposição. Estes, na minha opinião, são os elementos-chave.

Então você tem que ser muito transparente, e dar todo o crédito a quem quem quer você esteja reunindo em torno de si, e as suas melhores qualidades.

E então acrescentar algo por conta própria. Ou seja, a principal qualidade do curador é a mesma que do DJ. Quero dizer, qual é a diferença entre colocar uma fita mixada e ter um DJ ao vivo?

Eu acho que essas mesmas qualidades se aplicam de alguma forma a um curador de conteúdo. Ou seja, a capacidade de ouvir atentamente a que tipo de público, no momento, ele está servindo, e então fornecer um "contexto" apropriado para que o tipo de informação que estiver coletando faça sentido.

É possível que você tenha que alterar os títulos, descrições, imagens, a ordem, de como justapõe os elementos. Mas você tem que personalizar o fluxo para o efeito, tema e público para o qual está fazendo isso.

 





O Curador Deve se Destacar


Duração: 1' 06''

Howard Rheingold: Então, quem você é deve ser transmitido, em algum grau. Sua sensibilidade e seu ponto de vista deveriam não ser completamente suprimidos quando você faz uma curadoria.



Robin Good: Podem haver casos e situações diferentes, orientados para o negócio, atividades de pura pesquisa e informações. Pode variar.

Eu não afirmaria com tanta certeza de que é necessário mostrar sua personalidade o tempo todo, mas isso não quer dizer que você não possa se destacar de alguma forma. Por isso, seria uma posição genérica, e talvez posições mais definidas para aqueles que tem de tomar posições políticas ou pesquisar informações onde existem pontos de vista opostos.

Mas, novamente aí, você pode ser um grande curador por apenas destacar-se por sua posição, ou talvez até um melhor curador por fazer a seleção de tudo o que existe e permitir que as pessoas descubram o que é mais valioso para elas. Ambas são válidas para mim.

 





O Fluxo de Trabalho do Curador


Duração: 1' 56''

Howard Rheingold: Qual é seu conselho sobre como fazer curadoria de conteúdo?

Eu sei que você tem um fluxo de trabalho muito detalhado.

Se alguém quiser seguir em frente e começar a fazer curadoria, se for apaixonado por um determinado assunto e o conhecê-lo de alguma forma, como deve fazê-lo?



Robin Good: A primeira coisa que você deve fazer é procurar suas fontes, os sites onde pretender coletar essa informação. É bom ter algumas bases para começar. Estas podem ser algumas:

  • Blogs,
  • Canais de vídeo,
  • Personalidades do Twitter,
  • Páginas oficiais do Facebook.

Qualquer coisa capaz de produzir um feed RSS, é muito útil para a curadoria e a criação de canais de informação dedicados a um tema específico.

Você quer, então, familiarizar-se com algo que é fundamental. Tecnicamente, antes, era difícil de entender: É o que eu chamo de "busca persistente". Esta é a capacidade de definir uma busca por um tema e ser alertado a qualquer momento quando alguma coisa acontece, para que você possa descobrir coisas novas, mas você pode descobrir também novas fontes de informação que não conhecia antes.

Ao reunir diferentes fontes, as que você conhece mais aquelas que vai descobrir aos poucos, a principal parte do seu trabalho será selecionar, escolher aquelas que realmente valem, e novamente personalizá-las para o seu público, para o objetivo específico de comunicação que você configurou para si mesmo com esse canal ou fluxo de informação que está criando.

O trabalho do curador de notícias é simples de descrever.

Você pode compartilhar esta informação, para empacotá-la e distribuí-la de maneiras diferentes, mas os elementos centrais são basicamente esses mesmos.

 





Ferramenta Fácil para Curação de Conteúdo: Scoop.it


Duração: 1' 22''

Robin Good: Muitas pessoas só se preocupam: "que a ferramenta possa fazer todas essas coisas de uma forma simples sem a necessidade de conhecer HTML, RSS, tags, buscas persistentes, e assim por diante" Deixe-me ir direto ao ponto.

Se eu fosse sugerir uma ferramenta a qual não estou associado comercialmente que eu acho que ajudaria a qualquer novato em apuros saber como curar informações, é esta que você está usando há alguns dias, a Scoop.it.

Scoop.it é uma ferramenta fácil de usar, gratuita, que permite que você agregue, filtre, pesquise, reúna informação, faça o layout e publique, dentro de um fluxo de trabalho que seja extremamente fácil e quase intuitiva.



Howard Rheingold: Também gosto do recurso de comunidade do Scoop.it, em que as pessoas podem recomendar fontes para você, e então você tem um fluxo de fontes, além dos que já buscou e encontrou, que pode passar a usar, pode descartar, ou pode dizer: "eu não quero usar essa fonte mais." Assim, o seu fluxo se torna cada vez melhor, conforme você faz a curadoria. É uma ferramenta que gosto muito, também.

 





O Universo das Ferramentas de Curadoria


Duração: 2'

Robin Good: Existem muitas ferramentas, na verdade.

Se bem se lembram, em 2005 - acho que em março ou abril - Eu estava em San Francisco com você no Monte Tamalpais.

Falávamos pela primeira vez - enquanto apreciávamos belas paisagens - sobre o que estamos discutindo agora. Ou seja, curadoria de notícias, e você olhava e se perguntava se isso fazia algum sentido. Estou tão feliz que este tempo passou e este negócio de "curadoria" - no momento em que a chamava de "newsmastering" - tornou-se uma realidade.

Isso me deixou muito animado naquela época e nos últimos meses, quando cerca de 60 ferramentas de curadoria de conteúdo foram criadas. Fiz um mapa caixa de ferramentas do newsmaster que já deve ter visto, que é atualizado toda semana.

E o que é mais surpreendente é ver agora todas estas diferentes áreas da curadoria de conteúdo... porque começamos a pensar em RSS, em curadoria de conteúdo e notícias, na criação de newsradars, como chamo tudo isso, canais temáticos específicos.

Mas agora há um universo de outras possibilidades. Existe a curadoria de vídeo, curadoria de produto, curadoria de moda -. o que é fantástico.

Vá lá e conheça este site que é chamado Polyvore, e veja o que as pessoas conseguem fazer, curando diferentes elementos, como sapatos e joias e outros gadgets, e criando curadorias que são realmente interessantes e visualmente atraentes.

Eu acho que o horizonte está em compreender que, basicamente, qualquer coisa pode ser curada. Não apenas notícias.

Você pode curar coisas que não precisam estar conectadas ao Twitter ou coisas que acontecem neste exato momento.

Mesmo coletando e curando o que existe e o que já foi publicado no passado... a ideia de curadoria desde o início até agora é algo útil.

 





O Futuro da Buscas


Duração: 2' 03''

Robin Good: Penso que a direção no futuro está, se não no Google, para nós - em criar um tipo alternativo de Google onde podemos, de modo colaborativo, fazer a curadoria da informação que existe..

Pense por um momento se, em vez de depender de algoritmos secretos para decidir por nós o que é relevante, pudéssemos escolher individualmente, cada um de nós, quais são os elementos de rankeamento que queremos usar, e dos nossos conhecidos e criássemos nosso próprio ecossistema de algoritmos para curadoria, coleções de informações com curadoria, de como entender a realidade, em vez de depender de alguém que depende dos lucros e exclusivamente dos seus ganhos para decidir o que é melhor para nós - o que é absurdo para mim.

O mundo agora vive em uma economia da informação. Dependemos muito do que não é apenas uma questão de fazer um negócio online, é uma questão de permitir que cada um de nós, assim como respirar ou beber água, somos capazes de acessar informações e fazer bom uso dela. Não sei se você concorda com isso ou não, mas para mim é uma questão planetária que as pessoas deveriam começar a tratar.



Howard Rheingold: Sim. É por isso que eu acho que uma alfabetização em curadoria é algo fundamental que todo mundo devia saber, não apenas especialistas.

Assim como existem sites que conseguem muito tráfego, há também muitos sites que não conseguem, mas não teríamos um ecossistema online muito rico, se não tivéssemos tantos colaboradores.

Eu realmente aprecio sua visão, o que você apresenta com tanto entusiasmo e paixão a muitos curadores.

Não é apenas para as pessoas, é para todo o sistema. Torná-lo muito mais rico do que já é.

 





Curadoria de Conteúdo Colaborativa


Duração: 52''

Robin Good: Queremos ter diferentes pontos de vista.

O rankeamento da informação deveria ser levado como uma religão fundamentalista? Porque, o que é isso? Se há uma entidade que secretamente sabe o que é verdade ou não, não é a da religião? Eu não quero depender de alguma organização religiosa para decidir o que existe na internet, e quero ser capaz de ter diferentes pontos de vista.

Quero ser capaz de contribuir para ajudar outras pessoas a entenderem o que descobri, e o sistema que temos agora não me permite fazer isso.

Cada vez mais, procuro pessoas que possam ser portas de entrada para as informações que preciso, e estas devem ser pessoas de confiança, por isso precisamos de um Google do povo para o povo, um exército de curadores individuais fazendo isso por nós mesmos. Isso é o que precisamos.

 





O Guia Completo da Curadoria de Conteúdo e de Notícias

Parte 1: Por Que Precisamos Disso

Part 2: Agregação De Conteúdos Não É Curadoria

Parte 3: Tipos E Exemplos Reais

Parte 4: Processo, Principais Tarefas, Fluxo De Trabalho

Parte 5: Atributos E Habilidades Do Curador

Parte 6: As Ferramentas

Parte 7 - Aplicações E Tendências De Negócios




Sobre Howard Rheingold

howardrheingold_thumbnail.jpg

Howard Rheingold é crítico, escritor e professor; suas especialidades são as implicações sociais, culturais e políticas dos meios de comunicação modernos como a Internet, telefonia móvel e comunidades virtuais (um termo que ele inventou). Rheingold é palestrante visitante do Departamento de Comunicação da Universidade de Stanford, onde dá cursos de Jornalismo Digital, Comunidades Virtuais e Mídias Sociais. Ele também dá palestras na Escola de Informação da Berkeley onde ensina Comunidades Virtuais e Mídias Sociais. Entre seus livros mais influentes estão Tools for Thought (1985), The Virtual Community: Homesteading on the Electronic Frontier (1993), Smart Mobs: The Next Social Revolution (2002). Em 2008, venceu a competição de Mídias Digitais e Aprendizado da Fundação MacArthur e usou seu prêmio para trabalhar com um desenvolvedor para criar uma sala de aula em mídias sociais.

 

Originalmente escrito por e publicado pela primeira vez na MasterNewMedia.

 

Robin Good -
Reference: MasterNewMedia [ leia mais ]
 
Comentários dos leitores    
blog comments powered by Disqus

 

 


 

Feed RSS de Notícias Diárias

 

 

Curated by

Publisher MasterNewMedia.org - New media explorer - Communication designer

 

 


Real Time Web Analytics