Quais são as tendências atuais no ramo de do marketing de eBooks? Por que os editores de conteúdo estão buscando uma maneira eficaz de integrar os e-books em suas estratégias de vendas?
Crédito da foto: ClaudioB
Neste artigo, o expert em conteúdo e mídia John Blossom tenta esboçar uma estratégia para os produtores de conteúdo que queiram alavancar o potencial do conteúdo destinado para livros, para novos e maiores públicos através dos e-books.
"O que os editores devem fazer é focar em "empacotar" seus conteúdos de formas que se integrem ao que seria um típico conteúdo de livro para estilos de publicação bem mais agressivos.Servir ao público é o verdadeiro objetivo das publicações, e não gerar unidades de produção que podem ou não proporcionar algum valor para determinado público.
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Um bom exemplo do caminho a seguir é uma empresa chamada Vook que recentemente foi destaque no noticiário ao criar um inovador pacote para e-book que combina texto e vídeo, criando assim uma experiência de mais entretenimento para os leitores.
Uma vez que o "vook" tenha sido adquirido por uma pequena taxa, o leitor pode decidir tanto por tratar o produto como um simples e-book, assistir apenas aos vídeos, ou escolher um layout onde tanto o vídeo, como o texto estejam harmonizados para produzir uma experiência multimídia altamente interativa.
É a solução da Vook o caminho certo a seguir? Apenas o tempo irá dizer.
Por enquanto, aqui está o que John Blossom vê para o futuro do mercado dos e-books:
por John Blossom
Enquanto se tem feito muito barulho sobre os leitores de e-Books Kindle da Amazon e, agora, a nova plataforma de eBook da Barnes & Noble e um leitor de e-book atualizado da Sony, a grande verdade é que os e-books correspondem a apenas uma lasca na indústria do livro como um todo, e uma porção ainda menor da atenção online.
Com vendas de US$ 118 milhões em e-books ano passado nos Estados Unidos, contra uma de USD 24.3 bilhões em livros comuns, os e-books mal arranharam a superfície da indústria da publicação, ao contrário de todo o potencial arrasador das empresas do Vale do Silício.
Isso não significa que não existam bons esforços sendo feitos em direção ao sucesso dos eBooks.
A nova loja de e-books da Barnes & Noble eBook inclui várias das melhores práticas de última geração, como fácil download de software para leitura para PC's, Mac's, BlackBerries e iPhones, uma boa oferta de títulos comerciais atuais e acesso a e-books gratuitos do arquivo online do Google Books, assim como alguns clássicos pré-carregados no leitor de e-book.
A próxima unidade de e-book da Plastic Logic irá permitir que a Barnes & Noble tenha seu próprio brinquedinho para os entusiastas do produto, no entanto, esperaram de forma inteligente por este hardware antes de lançar sua atrativa e prática loja para plataformas eletrônicas já existentes.
Ao mesmo tempo que, com muita dificuldade, a Barnes & Noble quer mostrar seus materiais de orientação online, querem que da forma mais fácil possível as pessoas comprem e façam o download de e-books usando qualquer dispositivo a sua escolha para absorver suas atenções.
Ao mesmo tempo em que é positivo o fato de que a Barnes & Noble esteja oferecendo alternativas aos e-books e uma abordagem bastante simpática ao consumidor para suas promoções, a grande verdade é que a indústria do livro está muito pouco à frente dos e-books e seu maior desafio competitivo: a Web.
Se, depois de mais de uma década de acesso da internet aos livros, toda a indústria do livro consegue recolher apenas US$ 323 milhões no mundo todo, de um meio que alcança em torno de 1.4 bilhão de pessoas no mundo, alguém pode se perguntar como as projeções de US$ 9 bilhões em vendas de e-books para 2013 podem representar um aumento real e novos mercados, ao contrário de uma mais provável retração nos lucros dos livros, já que as vendas dos livros encolhem e o público transfere sua atenção para os destinos online.
Há muitos sinais que mostram que a indústria do livro tem mais habilidade para repensar seu papel na indústria das publicações e está começando a pensar neles mesmos como capazes em promover autores talentosos em muitas mídias, mas isso é pouco se pensarmos que a Web já reformulou completamente a como as pessoas podem gerar lucros e se expressar para o público.
Tão boa quanto a loja de e-book da Barnes and Noble parece ser, seu nível de educação e garantia parecem focados nas pessoas que têm pouca confiança em usar conteúdos online.
Alguns podem acreditar que os editores de livros se tornariam mais agressivos ao pensar em como engajar os produtores de conteúdo online e seus usuários, capturando suas energias e interesses - e do rendimento disponível - com mais eficiência.
Certamente que garantir a compatibilidade com iPhones e BlackBerries é um passo importante frente ao público, mas o relativamente inflexível software de leitor de e-book que "empacota" a maior parte das opções para os livros eletrônicos nessas plataformas, parece sentenciado a fazer dos livros uma opção secundária, em vez de ser o foco primário dos usuários de conteúdo.
O que os editores devem fazer é focar em um acondicionamento que irá integrar o conteúdo dos livros nos estilos de vida das pessoas.
As API's que facilitam o desenvolvimento de aplicações para aumentar a capacidade dos e-Books, da leitura colaborativa, marcação, linking, conteúdo gerado pelo usuário e outras extenções para a geração em tempo real de consumidores e produtores de conteúdo, são essenciais para trazer os e-books para o nível de atenção que eles realmente merecem.
Servir ao público é o verdadeiro objetivo das publicações, e não gerar unidades de produção que podem ou não proporcionar algum valor para determinado público.
Creating services that keep people who are today's greatest content purchase influencers - digitally literate readers - in a position to recommend and amplify the value of a wide variety of book-oriented content and services will take far more than locked-down reading software that operates in a vacuum. These types of services are surfacing in the hands of innovative online companies, but as to where that leaves mainstream book publishers and retailers remains to be seen.
Criar serviços que mantêm as pessoas que hoje são os maiores influenciadores da compra de conteúdo - leitores de cultura digital - em posição de recomendar e aumentar o valor de uma ampla variedade de conteúdos de livro e orientada para serviços custará muito mais do que desenvolver softwares para a leitura restrita que operam no vácuo. Estes tipos de serviços estão surgindo nas mãos de empresas online inovadoras, mas o destino que eles podem dar às editoras e livrarias é o que ainda não se sabe.
Sobre John Blossom
A carreira de John Blosson se estende por mais de vinte anos em marketing, pesquisa, gestão de produtos e desenvolvimento em informações avançadas e mídia, incluindo grandes editoras e empresas financeiras, e ainda uma experiência em meios de transmissão. Blossom fundou a Shore Communications Inc. em1997, especializando-se em serviços de pesquisa e assessoramento e consultoria estratégica para editoras e consumidores de conteúdo. John Blossom é também o autor de Content Nation um ótimo livro sobre "Sobrevivendo e Prosperando À Medida que as Mídias Sociais Mudam Nosso Trabalho, Nossas Vidas e Nosso Futuro.".
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