Qual é o futuro da música? Um relatório citado pela RIIA, diz que "a pirataria global provoca $ 12,5 bilhões em perdas por ano". Como fazer para alterar a música como negócio para sobreviver?
Crédito da foto: Robin Good
No futuro da música não haverá CDs ou MP3s. A música estará na web sem restrições e será consumida da mesma maneira que pelo rádio ou pela televisão. Você não precisa pagar uma taxa extra para ouvir música dentro de seus programas de TV favoritos, certo? O futurista de mídias Gerd Leonhard define esta ideia "música como água".
Como a música pode ser como a água?
No futuro, os provedores oferecerão músicas através de uma pequena porção de pagamentos, como o que você já faz atualmente. Pode ser pela taxa do seu provedor de hospedagem, pela conta de e-mail, ou mesmo como parte da sua linha telefónica, mas você terá acesso a uma quantidade ilimitada de músicas, mesmo sem perceber.
" Deve haver uma taxa que pode ser paga, juntamente com o DSL ou a assinatura do telefone celular. [...] Na maioria dos contextos, isto seria pago pela publicidade para subsidiar a música, como nós fazemos agora com o BlackBerry."
Permitir que as pessoas tenham um acesso " absoluto, irrestrito e ilimitado" à música na web, pode também desacelerar o ritmo da pirataria. A cópia e a partilha ilegal de música já não faz sentido quando você ouve quanta música quiser, sem pagar por nada.
Nesta entrevista em vídeo, gravada por Robin Good, Gerd Leonhard explica porque o "modelo de negócio da música é completamente falha" e compartilha essa visão interessante sobre o futuro da música conosco.
Duração: 2' 10''
Transcrição Completa do Vídeo em Inglês
Gerd Leonhard: Na minha visão sobre o futuro da música ... A boa notícia é que naturalmente todos querem ouvir e consumir mais música o tempo todo.
Temos mais gente escutando música na internet do que ouvindo o rádio e a televisão. O interesse pela música está crescendo.
A má notícia é que, evidentemente, o modelo de negócio da música está completamente quebrado. Foi baseado na venda de unidades na venda de cópias.
Agora, estamos mudando para um modelo onde primeiro vendemos o acesso, e depois as cópias. É um modelo de serviço. A música como um serviço, ou como eu gosto de dizer: " a música como a água ".
Se você visita musiclikewater.com, pode ver o que escrevo sobre isso.
Basicamente é um modelo que diz que a música deve ser incluída no acesso à rede, assim como está no rádio. Nós não pagamos por música, quando a ouvimos pelo rádio e, claro, pela televisão.
De forma semelhante, a música deve ser incluída na internet. Deve haver uma taxa a ser paga, juntamente com o DSL ou a assinatura do telefone celular. Eu diria que na maioria dos casos, na maioria dos contextos, isso se pagaria através da publicidade, por isso a música poderia ser subsidiada ou incluída em assinaturas, como fazemos agora pelo BlackBerry.
Aqui estão os dois primeiros modelos de música online já em evolução:
Estes modelos fazem muito sentido, porque o futuro da música, na minha opinião, é basicamente de acesso irrestrito, ilimitado de um regime de partilha de receitas, para que possamos ir mais além de apenas ter um formato de arquivo específico ou um determinado preço ou um certo modo de entrega e podermos abrir o ecossistema.
Acho que é verdade, em geral, para o futuro de todas as mídias: estamos nos movendo para um tipo de plataforma aberta, conjuntiva, uma plataforma de partilha de receitas. Basicamente, um ecossistema de como o dinheiro flui em vez de monopólios de fluxos de dinheiro, que é o que nós tivemos até agora.
Duration 1' 50"
Gerd Leonhard: A internet representa boas e más notícias para músicos independentes.A boa notícia é que todos conseguimos usar as ferramentas das quais dispunham apenas profissionais e gravadoras até agora.
Por exemplo:
Essas eram as ferramentas que há 10 anos só estavam disponíveis com as agências de RP profissionais ou cineastas e assim por diante.
Todas essas ferramentas estão se tornando amplamente disponíveis:
- Você pode construir a sua rede na web,
- Pode ter um showcase,
- Pode também falar com as pessoas,
- E ainda se comunicar pelo Skype com todo mundo.
Essa é a boa notícia.
A má notícia é que por causa da facilidade de tornar este canal disponível para todos, o burburinho em torno disso é uma loucura. Não chega a ser realmente uma má notícia. A má notícia é que você tem que atravessar esse burburinho.
O desafio para o músico independente ou para gravadoras independentes é para chamar a atenção. Para levar as pessoas a prestarem atenção, porque quando você chama a atenção, pode transformar isso em dinheiro, se desejar.
Sem atenção não há dinheiro.
O desafio é - e este é o meu conselho para os músicos - receber a maior quantidade de atenão que puder, através da alta qualidade do seu material.
Esta é a outra coisa muito difícil na web: Se você não for realmente bom, ninguém vai prestar atenção. Não dá para mentir na web, e eu acho que isso é uma boa notícia, mas algumas pessoas pensam que não.
Você não pode fingir que é bom se não for realmente, porque na web você será descoberto. Isso também é verdade para blogueiros, escritores e cineastas. É algo muito target="_blank" href="http://en.wiktionary.org/wiki/Darwinism"> darwinista .
Para os músicos, supondo que você é bom, o meu conselho seria:
- Consiga tanta atenção quanto puder, para tudo o que fizer,
- Publique tudo,
- Construa um público, e depois
- Comece a converter esse público e sua atenção em alguma forma de ganhar dinheiro.
Video clips gravados por Robin Good para a MasterNewMedia. Artigo editado por Elia Lombardi e Daniele Bazzano. Publicado pela primeira vez em 16 de outubro de 2009, sob o título "The Future of Music: A Video Interview with Gerd Leonhard".
Sobre Gerd Leonhard
Gerd Leonhard é um futurista da mídia, assim como autor e escritor, um empresário de mídia e internet, consultor estratégico, palestrante e apresentador. Se você deseja obter conhecimento sobre o que ele faz, poderá visitar o blog MediaFuturist ou o seu canal Youtube.
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