Como a Microsoft anunciou o plano de personalizar seu sistema operacional para a cloud cumputing (computação em nuvem), é provável que várias mudanças afetem a forma que os servidores comerciais e os grandes distribuidores de conteúdo terão que agir caso queiram continuar competindo no mercado.
Crédito da foto: Michael Blythe, editado por Daniele Bazzano
Uma transição desse porte talvez venha a oferecer boas oportunidades para grandes editores na mudança para uma rede orientada de serviços empresariais, mas isso irá requerer uma profunda uma transformação no modo de pensar as estratégias de marketing e vendas.
O guru em negócios e conteúdo de mídia John Blossom traz uma boa abordagem sobre essa revolução na forma de trabalhar e quais podem ser suas implicações principais.
Aqui estão todos os detalhes:
por John Blossom
Quando a Microsoft anuncia uma grande iniciativa de adaptar seu sistema operacional Windows para a cloud computing para a plataforma de serviços online da Amazon você sabe que a balança de forças não estará pendendo para o lado dos servidores mais rápido do que poderia imaginar. Isso é uma grande notícia para os serviços em rede e potencialmente interessante para a Microsoft, cujo sistema operacional ficou mais pesado e por isso, está se preparando para uma dieta radical.
Fazendo um resumo da história à partir de uma perspectiva tecnológica o que acontece é que estamos retornando aos dias em que a tecnologia complexa "está no mercado" da rede de computadores e a tecnologia destinada aos usuários comuns se afastando da computação comum e indo para a oferta de conteúdo dos serviços em rede.
Essa migração para a computação em nuvem pode parecer algo do tipo "de volta ao futuro" em alguns casos para aqueles de nós que viveram na época do mainframe e terminais (realmente) bobos, mas quando é que realmente fez sentido para as empresas ter milhares de dólares de conteúdo extremamente complexo e softwares nos escritórios das pessoas?
A rede é o lugar natural para a maioria dos serviços de conteúdo, deixando mais fácil para as pessoas se comunicarem e colaborarem umas com as outras e proporcionar a habilidade de se beneficiar com serviços sofisticados com o mínimo de problemas possíveis. Não é nenhuma surpresa para os editores que estão se dando bem com essa tendência de serviços digitais de publicações online, mas isso já não acontece para as empresas focadas nas vendas empresariais.
Recentemente, boa parte do componente de "agregador de valor" para serviços sofisticados de conteúdo empresarial e das tecnologias que o suportam tem estado às voltas com softwares personalizados e serviços de informação baseados na integração com as plataformas empresariais T.I.
A precoce entrada na cloud computing por parte da Salesforce.com, que tem serviços baseados na rede, tem uma forte participação de muitas empresas, mas a necessidade por lucros colocou muitos provedores de conteúdo empresarial para vendas estratégicas que envolvem as equipes de T.I nas principais empresas. As vendas do tipo cloud eram para ser um investimento futuro, para se ter certeza, mas os números do presente foram blindados por um firewall, onde muitas vezes estavam também os clientes dos editores.
Evidentemente que a clara aceleração dos serviços de T.I orientados para as empresas em detrimento dos serviços de rede disponíveis através de uma escalável infra-estrutura da web fará mais pressão sobre essa linha de marketing para editores de alto nível.
Os serviços web, que permitem que os editores facilmente e rapidamente integrem seus conteúdos a outros, através de técnicas padrão de programação, estão se multiplicando no ambiente da cloud computing, permitindo conteúdos do tipo "mix and match" definidos por usuários integrados a uma grande variedade de plataformas e ferramentas de produtividade. Isso é uma boa notícia para os editores que queiram ter seu conteúdo distribuído da forma mais rápida e fácil possível em aplicações orientadas para as empresas -mas a má notícia para aqueles editores que queriam nos vender que fazer isso era complicado e caro.
A boa notícia para os editores empresariais é que a cloud computing dará vida a uma grande quantidade de aplicações para conteúdos personalizados que podem ser implantados mais rapidamente e de forma mais eficiente.
Os longos e arriscados ciclos de desenvolvimento de produtos darão espaço para frameworks gerais para aplicações do tipo cloud computing que poderão ser trocados com mais rapidez seguindo a necessidade do cliente. Neste processo, muitos dos principais agregadores terão que concentrar esforço apenas naquilo que for necessário, deixando um pouco dese trabalho para o futuro, para que somente as fontes adequadas agreguem o necessário de acordo às aplicações específicas para o cliente.
Ao invés de focar no banco de dados,, é mais provável que os grandes editores do futuro irão se focar em serviços via web, tornando-se assim experts em escolher o conteúdo exato solicitado pelo cliente dentro de uma imensa quantidade de banco de dados e fontes da internet.
Enquanto em muitas áreas as habilidades do staff serão transferidas para o ambiente da cloud computing, eu imagino que mais do que apenas alguns dos grandes editores estejam mal preparados para o salto cultural necessário para sobreviver e lutar de igual para igual com os experts dessa área.
Nós todos estamos acostumados com as reorganizações que tem sido o foco dos principais editores como a da LexisNexis, que trabalha justamente disseminando uma cultura de desenvolvimento baseada em T.I em favor de outras culturas mais centradas nos clientes.
O que acontecerá quando o modelo centrado em serviços web do tipo cloud computing obriguem essas empresas a acelerarem a troca cultural para que assim seus lucros também acelerem?
Existem ótimas oportunidades para os grandes editores no que diz respeito à mudança dos serviços orientados, mas eu suspeito que algum tipo de plano estará rodando pelos seus escritórios assim que perceberem a profundidade do impacto dos serviços de cloud computing nas empresas de conteúdo empresarial.
Originalmente escrito por John Blossom para Shore e originalmente publicado como "Cloudy Forecast: Microsoft Ups the Ante for Publishers in Cloud Computing" em 1º de outubro de 2008.
Sobre o autor
A carreira de John Blossom tem mais de 20 anos de marketing, pesquisa, controle de produtos e desenvolvimento em informação avançada e mídias, incluindo os principais editores financeiros e serviços, além de serviços desse tipo para empresas. Ele teve ainda experiência em veículos de comunicação. O sr. Blossom fundou a Shore Communications Inc. em 1997, se especializando em pesquisa e consultoria, com foco em estratégias de marketing para editores e clientes de serviços de conteúdo.
John Blossom -
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