Você deseja anunciar, promover e monetizar seu conteúdo de maior qualidade e descobrir as ações de marketing de guerrilha que mais vão te ajudar? Neste excelente vídeo, gravado em sete minutos, Will Pate partilha alguns dos melhores conselhos que você pode receber sobre marketing de conteúdo no evento de monetização de mídias digitais, o nextMEDIA.
Photo credit: Hugo Maes
Essa pode não ser a melhor estratégia que Robin Good usaria para o marketing de sua marca pessoal e de seu conteúdo online, mas definitivamente reúne táticas populares muito usadas pelos marqueteiros online de hoje.
Eu tenho certa descrença em relação a algumas dessas práticas, mas é sempre útil observar e analisar experiências de quem que já as aplicou. O que eu particularmente não gosto é a divulgação que deixa qualquer maravilhado pela simplicidade de execução no discurso “ganhe popularidade da noite pro dia” que essas recomendações tendem a aparentar.
A natureza do meu marketing é mais orgânica. Eu não me tornaria amigo de alguém só porque ele é popular e porque não estando no círculo de amizades dessa pessoa, perderia inúmeras oportunidades. A minha forma de marketing é mais baseada em um espírito mais altruísta, genuíno e sincero, que oferece sem esperar nada em troca. Sem segundas intenções ao prestar um favor.
Também duvido seriamente que Dan Ackerman Greenberg esteja correndo com o rabo entre as pernas após ter dito o que ele pensava como as melhores e mais efetivas estratégias de tornar um vídeo viral. De fato, eu acho que seu artigo no TechCrunch foi uma das maiores alavancagens que ele já teve na carreira, e ser ético não é algo que você deve ter em mente quando for fazer marketing online. Mais importante que isso, você deve SER ético (a sua vida inteira), do contrário você não vai se tornar ético na frente do computador só porque alguém sugeriu que isso melhora o seu marketing online.
Mas novamente eu recomendo que você assista com atenção ao vídeo enquanto tira as suas próprias conclusões, caso você seja um editor online independente ou pretenda ser.
Caso necessário, adicionei uma transcrição do vídeo já traduzida para o português, que você encontra a seguir.
Aproveite:
Aqui não falamos nada de como comprar anúncios. Falamos somente sobre o marketing de guerrilha para o seu conteúdo.
(uma tradução da transcrição integral do vídeo da apresentação)
O primeiro conselho que lhe darei é: comece um blog.
Alguém foi mais esperto do que eu para se dar conta que os blogs aparecem com freqüência entre os melhores resultados do Google. Se você fizer uma pesquisa no Google e resultados de Blogs aparecerem com freqüência nas primeiras posições, há uma boa razão para isso.
O Google aprecia a forma como os blogs apresentam o conteúdo. É relevante, é constante, é organizado e tem recomendações de SEO aplicadas já na configuração padrão do blog, além dos feeds RSS nativos que auxiliam os mecanismos de busca.
Então pegue um blog e comece e escrever sobre o seu conteúdo e o conteúdo relacionado com o que você está criando.
Também ofereça newsletters e acesso aos feeds RSS do seu blog.
Algo que não fazia idéia antigamente e de repente me dei conta é que ainda há muitas pessoas que ainda preferem receber newsletters no e-mail. É comum no mudo da tecnologia nós acharmos que o mundo reflete o nosso padrão de comportamento avançado, assim pensamos que o RSS é a grande (e única) solução para se manter informado de uma fonte de conteúdo e acabamos nos esquecendo das alternativas anteriores. Acontece que o e-mail e as newsletters ainda têm um grande público cativo.
O próximo passo é criar contas de usuário em qualquer lugar. E quando digo “qualquer lugar” é qualquer lugar mesmo.
Esse é uma pequena lista pra começar, mas descendo na Toca do Coelho você verá que há em média 30 concorrentes e variantes de qualquer um desses sites.
E a lista continua crescendo.
Quando você cria essas contas, registre com nomes de pessoas, não de empresas.
Eu realmente gostaria de ser amigo do George Stroumboulopoulos no Facebook. Mas não me interesso em ser amigo do The Hour ou de um sabão em pó.
Quero ser amigo de pessoas reais, ou pelo menos personas ou personagens que eu possa acompanhá-los.
É por isso que a lonelygirl15 fez tanto sucesso. Você não estava se envolvendo com a produtora que a fabricou, você foi cativado com a garota lonelygirl15 por si mesma.
Faça amigos. Saia por aí e adicione pessoas como contatos. Encontre-as, procure por elas e aceite cada convite de amizade que receber.
Eu tenho 1200 amigos no Facebook. Conheci pessoalmente 500 deles. O resto são pessoas que têm visto meu trabalho ou acompanhado o CommandN. Eu os adiciono como amigos, e então eles podem ver todos os recados do meu mural, embora isso não tenha muita importância.
Você quer fazer amizade com pessoas que produzam conteúdo como você. Então faça amizade com pessoas que produzem vídeos de tecnologia, pessoas que falam sobre tecnologia – pessoas da sua área de atuação.
Eu também faço amizade com pessoas que são muito populares. Elas não podem estar na minha área de interesse comum, mas como no Digg eu tenho todos os usuários do top 100 adicionados como amigos – e isso é por um bom motivo.
Eles podem falar sobre carros, e isso não pode ser meu assunto preferido, mas eu posso querer saber o que eles estão falando para que eu possa apoiar o trabalho deles.
Então quando vier e disser: “Olha, eu tenho algo muito legal” eles vão pensar “Sei como apoiou o meu trabalho, eu vou retribuir o favor dessa vez.” É fácil assim. É um sistema fácil como eles chegarem e perguntarem: “Oi. Você pode fazer um Digg neste link pra mim?” – “Claro, sem problemas.”
Na outra semana, você pode perguntar: “Oi. Eu tenho um link interessante. Pode fazer um Digg para mim?” e eles vão responder “Ah, claro. Sem problemas. Tudo certo.”
É assim que um monte de coisa fica popular. Se você olhar no Digg.com, mais da metade do conteúdo que alcança a página principal é submetido por usuários do Top 100.
Isso significa que uma panela de 100 pessoas populares, em um site de extrema popularidade na internet, que atrai níveis absurdos de tráfego, controla grande parte desse tráfego, apontando o que as pessoas deveriam ver. Então você deve querer ter contato com essas pessoas.
É preciso criar um relacionamento com essas pessoas antes de lhe pedir algo, do contrário, quando você aparecer do nada e perguntar: “Olha, eu tenho algo bem legal, você pode dar uma alavancada nele para mim?”, ele provavelmente vai te responder: “entra na fila porque tem um monte de pessoas me pedindo o mesmo.”
Estudar o que é popular em sites e usar esse conteúdo em seu favor. Há duas formas de se fazer isso:
A razão de fazer as duas coisas é que você começará a detectar tendências e padrões. Como algo que notei e que ninguém mais percebeu na manhã de Natal.
Entrei no YouTube e vi que na página mais popular (a dos vídeos mais vistos no dia), só tinha vídeos do Japão porque aqui todos estavam abrindo seus presentes naquela hora.
Então estava a oportunidade, para um marqueteiro inteligente, de bolar algo para atingir o mercado japonês que estava dominando o YouTube naquela manhã de Natal – quando eles podem se tornar uma audiência cativa.
Você começará a ver essas pequenas coisas que vão indicar algumas oportunidades por lá.
Essas listas são realmente populares porque se você está olhando o Digg, por exemplo, e lê algo como “As 10 Principais Razões para se Fazer Algo.” Você pode entrar na página, dar uma passada de olhos na lista rapidamente, e talvez leia com calma um ou dois itens da lista que tenham te chamado a atenção e está tudo ok.
É uma técnica de conseguir cliques nos links muito mais fácil do que criar um artigo chamado “Minha Dissertação Pessoal Do Porque Meu Carro É Tão Bom”.
Vou te dar um conselho, e esse não é sempre o tipo de conselho mais popular que dou às pessoas.
Nunca faça algo que não seja ético.
Eu tenho amigos que têm cometido esse erro. Talvez algumas das pessoas nessa sala já tenham cometido esse erro, e você pode ter cometido uma vez, talvez duas, pode ter cometido umas 10 vezes.
Você vai ser pego e isso irá matar sua marca pessoal – isso irá arruinar sua popularidade.
Essa é a razão a qual eu digo para não fazê-lo. Semana passada houve um post no TechCrunch – que é um dos blogs mais populares . O cara estava falando em como criar vídeos que se tornem virais online, e no artigo continha uma série de formas não-éticas de proceder. Isso gerou uma avalanche de críticas e agora o cara está correndo para poupar sua vida - está com rabo entre as pernas porque ele destruiu a sua marca pessoal.
As pessoas saíram do anonimato para dizer “você está errado, essa é forma errada de se agir, isso está ficando vergonhoso e em um instante você pode sacrificar sua marca.” Agora o nome desse cara vai ser sinônimo de como ser uma mala sem alça na Internet.
Esse é o problema para ele porque agora ele deixou de ser o estudante de Stanford, que tinha um pequeno, mas bom negócio que ajudava as pessoas a promoverem seus vídeos.
De fato, ele não fazia nem metade das coisas escritas naquele artigo, ele estava apenas dizendo às pessoas como fazer, e agora sua marca pessoal é associada a esse estigma.
Deixe seus vídeos curtos. Você pode escrever posts longos no seu blog com listas do que bem entender, mas é só olhar para os vídeos mais populares do YouTube - têm na sua maioria dois minutos ou menos. Olha para o conteúdo de sucesso em qualquer outro lugar – dois minutos ou menos.
Corte, acelere o ritmo, seja obsessivo com a edição. Seja, de certa forma, cruel com ele. Tire as suas imagens do vídeo, tira as imagens dos seus amigos – o que for preciso pra mantê-lo curto e restrito à mensagem principal.
Coloque letreiros com a URL do seu site no vídeo, se for colocar o vídeo no YouTube, que tem que ser o principal, mas não precisa ser o único lugar a ser colocado.
Se você colocar letreiros com sua URL no vídeo do YouTube, você pode colocar o player do YouTube em outros lugares, você vai levar pessoas de volta ao seu site – que acaba se tornando a sua marca.
Converse com seus fãs. Você está sujeito a receber mensagens com pessoas dizendo “Oi! Veja meu vídeo. Aqui está um link” ou “Olha, eu amei seus vídeos”. Dê a eles um pouco de conversação. Cite-os no vídeo, coloque-os nos créditos, não importa.
As pessoas apenas querem ser reconhecidas, embora muitas pessoas estejam acostumadas coma televisão e o vídeo unidirecional. Então se você puder colocar um pouco de interatividade e estimular um pouco a conversação em seus vídeos, você estará à frente de qualquer outra pessoa.
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